No caderninho do presidente Jair Bolsonaro, o deputado Hélio Negão, o amigo mais próximo, é cotado para ministro do Turismo se o cenário piorar para Marcelo Álvaro.
Turma do quepe
Enquanto a reforma da Previdência dos civis aguarda a
segunda e última votação no Senado, a dos militares patina na Câmara dos
Deputados. Quando a proposta (PL 1645/2019) chegou à Câmara em março, o
presidente Rodrigo Maia e deputados diziam que a mudança nas regras da
aposentadoria dos militares seria votada no plenário logo depois da aprovação
da reforma da Previdência dos civis. Mas o projeto se arrasta na comissão
especial sem previsão de votação do parecer do relator, deputado Vinícius
Carvalho (Republicanos-SP). A reforma dos militares abrange as três Forças
Armadas – e inclui a reestruturação de carreira.
Trava
A possibilidade de inclusão de policiais militares e
bombeiros no texto é trava na tramitação. Os parlamentares da comissão estão
divididos. Governadores, idem.
O saldo
Cálculos da equipe econômica apontam que as modificações na
aposentadoria dos militares vão gerar uma economia de R$ 97,3 bilhões em 10
anos.
Choque na carreira
A Eletrobrás, que deve ser privatizada no fim do Governo de
Bolsonaro, aprovou plano de demissão voluntária para 500 empregados de carreira
até 2021. Quem não aderir, corre o risco de ser demitido. A meta é enxugar a
estatal para apresentar a empresa a multinacionais que condicionam esse modus
operandi para lançar os envelopes à mesa.
CPI no comitê
O empresário carioca Paulo Marinho, um dos principais
articuladores da campanha de Bolsonaro, poderá ser convocado para depor na CPMI
das Fake News. No requerimento a ser votado nesta semana, a oposição cita que
“o empresário revelou que, em sua casa cedida para a campanha de Jair
Bolsonaro, eram distribuídas informações falsas”.
Facebook Report
A CPI também recebeu relatório do Facebook com a relação de
mais de 190 páginas e perfis que foram removidos meses antes das eleições de
2018. Dados que não foram revelados à época. Algumas páginas, conforme o
documento de posse da CPI, tinham nomes associados ao então candidato
Bolsonaro.
Perdas e ganhos
As centenas de milhões de reais que vão entrar no caixa do
falido Estado do Rio de Janeiro, com o leilão bilionário do pré-sal 2.0, chegam
num momento que podem atrapalhar a demanda do Governo na Justiça pela
manutenção dos royalties.
Quebradeira geral
A Corte vai decidir se o Rio continua a concentrar os ganhos
anuais como Estado produtor, ou terá de dividir com todos os Estados conforme
lei aprovada no Congresso – que foi parar na Justiça. Enquanto os governadores
todos querem a partilha, o Estado do Rio avisa que quebra sem a grana – e só
tem o apoio do Espírito Santo.
Muita oração
Os Odebrecht têm agora a Santa Dulce para apelar nessa
encrenca de pagar R$ 98 bilhões em dívidas. Foi a família quem doou a
construção da Casa de Santo Antônio, obra inaugural do trabalho voluntário
dela. Mas há um contratempo nessa reza brava. Ela virou a Santa Dulce dos
Pobres. Não dos ricos endividados.
São Helder
O próximo santo brasileiro será dom Helder Câmara, saudoso
arcebispo de Olinda e do Recife. Seu processo já tramita no Vaticano.
BNDE$
O BNDES saltou de lucro de R$ 4,8 bilhões no 1º semestre de
2018 para R$ 13,8 bilhões no mesmo período deste ano, aumento de 190%. Conforme
o 11º Boletim das Empresas Federais, o grupo de estatais – além do BNDES, tem
Petrobras, Caixa, Banco do Brasil e Eletrobras – apresentou lucro de R$ 60,7
bilhões nos seis primeiros meses de 2019, aumento de 68,6% na comparação com o
mesmo período de 2018.
Zerando
Fato é que o Bancão de fomento, por ordem do Governo, está
recebendo bilhões emprestados aos bancos e outras estatais. O documento também
mostra que o endividamento das estatais caiu 37% entre dezembro de 2015 e junho
de 2019.
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