As penas para os fazendeiros incendiários presos pela
Polícia Federal no Pará, ontem, poderiam ser mais duras. A ministra da
Agricultura, Tereza Cristina (DEM-MS), atuou em 2016 na Comissão de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados para derrubar o
PL 3981/15 que previa o dobro da pena para quem provocar incêndio em mata ou
floresta. O projeto foi para a fogueira com a ajuda dos ruralistas. Relatora da
proposta, a deputada argumentou que, se há incêndios, não é por falta de proibição:
“Em um sistema de comando e controle, como está estruturada nossa legislação
ambiental, os comandos estão claros, mas tem falhado o controle”.
É mesmo??
A então deputada justificou ainda que, em muitos casos, o
dono da terra queimada é responsabilizado pelo incêndio sem ser de fato o autor
do crime.
Como seria
As penas poderiam chegar a 8 anos de reclusão. A pena atual
é de 2 a 4 anos. Ontem, a PF prendeu fazendeiros no Pará que incendiaram 5 mil
hectares de mata.
CPI da mata
A nova derrota da bancada governista no Senado, que não
conseguiu barrar a CPI para apurar o desmatamento e queimadas na Amazônia,
reforçou a preocupação do Planalto sobre a possibilidade de revés na votação da
eventual indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ao posto de
embaixador do Brasil em Washington (EUA).
Corre-corre
Apesar do corpo-a-corpo no plenário, em gabinetes e nos
corredores, os governistas não conseguiram barrar o requerimento de instalação
da comissão de investigação que recebeu o apoio (assinaturas) de 30 senadores.
Agora, a ala governista atua para emplacar aliados no comando da CPI para
tentar blindar convocações de ministros.
Câmbio, Desligo!
Depois de se manifestar contra o habeas corpus concedido
pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, a Procuradoria-Geral
da República agora pede para que o STF restabeleça a prisão preventiva do
empresário Júlio César Pinto de Andrade, preso na Operação Câmbio, Desligo!.
Câmbio, Gilmar?
Ele é suspeito de participação em lavagem de dinheiro que
durou de 2011 a 2016, em compensação de cheques no varejo e pagamento de
boletos. No despacho do agravo enviado ao STF, o MP Federal sublinha que, nos
autos, “há farto material probatório a indicar a prática de crimes por parte do
investigado, pelo menos, até o final de 2016”.
Conselhos
Avança na Câmara o Projeto Legislativo 120/19, do PDT, para
sustar decreto do Governo que extinguiu colegiados da administração federal,
como conselhos, comitês e grupos de trabalhos em órgãos públicos. Aprovado na
Comissão de Trabalho da Câmara, o projeto segue para a Comissão de Constituição
e Justiça e depois ao plenário.
‘Infiéis’
No encontro nacional do PSB, hoje e amanhã, o partido vai
decidir o futuro dos 11 deputados que votaram a favor da reforma da
Previdência, contrariando a orientação da cúpula. Há quem aposte apenas em
advertência. Mas em 2017, o partido expulsou 13 que votaram a favor da reforma
trabalhista do Governo de Michel Temer (MDB).
Estorno no saldo
Uma decisão da 6ª Vara Federal de Curitiba é uma derrota para
os corretores de imóveis e pode ganhar eco nacional nas comarcas. A Justiça deu
direito a devolução para os proprietários do valor cobrado de corretagem na
compra de imóveis do leilão da Caixa. Tem corretores que cobram comissão de 2%
a 4% do valor do imóvel.
Raios x da praça
A Lendico, fintech de crédito pessoal online, fez ranking
com os principais motivos dos pedidos de empréstimos no primeiro semestre.
Pagamento de dívidas lidera com 35%, seguido de crédito para empreender, com
30%. Já os empréstimos para gastos com troca e aquisição de mobília, reforma
e/ou mudança foram responsáveis por 11%. Até junho, a empresa recebeu quase 630
mil pedidos de empréstimo.
Mercado da leitura
A Lojas Americanas levará hoje para a Bienal do Livro do Rio
de Janeiro o projeto “Livro nas Praças”, que visita praças do Rio e de São
Paulo, emprestando gratuitamente mais de 2 mil livros (inclusive em braile).
ESPLANADEIRA
# O Seminário O
Protagonismo do Agro em Goiás acontece dia 13 de setembro, na Seapa. # Técnicos
do TCU treinam hoje para fiscalizar contas utilizando metas de desenvolvimento sustentável na chamada
Agenda 2030.
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