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GERSON NOGUEIRA

Leia a coluna de Gerson Nogueira desta terça-feira, 16: Escaramuças e trapaças

Não é segredo que o futebol paraense não anda bem das pernas há anos. Um dos últimos alentos era a celebrada gestão Novos Rumos no PSC. Tudo fazia crer que os caminhos adotados eram alinhados com o que há de mais moderno em gestão esportiva. Não é bem ass

Não é segredo que o futebol paraense não anda bem das pernas há anos. Um dos últimos alentos era a celebrada gestão Novos Rumos no PSC. Tudo fazia crer que os caminhos adotados eram alinhados com o que há de mais moderno em gestão esportiva. Não é bem assim, como todos fomos informados nos últimos dias. Uma destemperada troca de golpes na cúpula dirigente bicolor resvalou dos muros da Curuzu para o terreno midiático.

A desavença entre Ulisses Sereni, ex-todo-poderoso presidente da Comissão de Futebol, e o gerente Fernando Leite acabou resultando na renúncia do primeiro e na abertura dos portais de baixaria envolvendo o clube, como não se via desde os broncos tempos de Geraldo Rabelo, Miguel Pinho & Cia.

Em entrevista ao Bola, Sereni não aliviou nas críticas aos que comandam o clube. Expôs cruamente as profundas divisões e incompatibilidades entre os atuais dirigentes do Papão. Até então, as eventuais diferenças pouco vinham à tona. Eram assimiladas e sanadas internamente. O episódio do rompimento oficial do ex-presidente Alberto Maia, no final de agosto, serviu como primeiro sinal de racha no grupo.

Desta vez, a crise parece mais séria, pois envolve um dos mais destacados membros da Novos Rumos, responsável direto pelo lançamento da marca própria (Lobo), junto com Maia. Sereni assumiu o futebol profissional e promoveu uma limpeza no departamento, afastando o técnico Guilherme Alves e o executivo André Mazzuco, acusado de incompetência na contratação de jogadores.

Nas declarações ao repórter Nildo Lima, o ex-diretor citou até as ligações de Mazzuco com o clube, que sobrevivem ao seu afastamento. Segundo Sereni, Fernando Leite repassa informações ao executivo. Disse ter gastado dinheiro do próprio bolso (R$ 100 mil), o que remete às velhas práticas da cartolagem, tão negadas pelo atual grupo.

É impossível, porém, não associar o sincericídio praticado por Sereni ao momento dramático do Papão na Série B. A má campanha nos gramados acirra as diferenças nos gabinetes. É assim e sempre será, no PSC ou em qualquer outro clube de futebol. A lamentar que a ilusão de que novas práticas eram adotadas não resista aos maus passos em campo.

O Remo não fica atrás...

A eleição que se aproxima já sinaliza para as conhecidas escaramuças. A chapa encabeçada pelo eterno presidente Manoel Ribeiro, tendo o comandante da PM Hilton Benigno como vice, periga ser impugnada por denúncias bem fundamentadas.

Manoel é acusado de irregularidades referentes à sua passagem pelo Dnit, em 2013, o que o impediria de tentar a reeleição, segundo os estatutos do clube. Já o vice tem sua candidatura embaçada pelo fato de haver sido expulso do Conselho Deliberativo.

A chapa esgrime uma cláusula nos estatutos que assegura a prescrição das duas denúncias. Conselheiros e juristas do próprio Remo desmentem essa interpretação, que estaria sendo brandida por aliados do atual presidente.

O fato é que até o assalto de R$ 400 mil aos cofres azulinos, durante administração de Ribeiro, tem sido lembrado como fator impeditivo – por má gestão financeira – às pretensões do longevo cartola.

De concreto, a certeza de que o Remo marchará outra vez dividido e desunido para um novo processo eleitoral. Por ironia, seu mais experiente dirigente, que deveria assumir o papel de mediador, dispõe-se a abraçar duelos encarniçados em nome de um projeto de continuísmo.

Das teorizações de Tite à sinceridade de Neymar

Neymar, exibindo a proverbial vocação para entrevistas inúteis e insossas, foi o eleito de ontem na Seleção para falar do amistoso com a Argentina, caça-dólar promovido pela CBF e justificado pelo técnico Tite com todas aquelas lorotas que já nos acostumamos a ouvir. Alguns até acreditam nas boas intenções. Eu, por dever de ofício, duvido cada vez mais.

O camisa 10 do escrete fez questão de comemorar a ausência de Messi no jogo. Gesto sincero, pois La Pulga certamente criaria sérios problemas para a titubeante linha de zaga nacional. Neymar citou apenas sobre o ex-companheiro de Barcelona, mas a Argentina está bastante desfalcada. Aguero, Di María e Higuaín também não estarão em campo.

Por tudo isso, espera-se um amistoso menos sonolento por parte da seleção de Tite, cada vez menos convincente em suas teorizações lazarônicas, que só encantam ainda alguns poucos devotos da crônica paulistana.

De minha parte, irei dedicar alguns minutos a ver a movimentação inicial. Caso a coisa lembre um jogo realmente competitivo, avaliarei a decisão de ficar plantado por 90 minutos em frente à tevê.

Adeus ao poeta e velho comunista

A coluna é dedicada ao amigo Carlos Queiroz, um velho comunista que nos deixou neste fim de semana, legando saudades e muitas histórias saborosas. O “Matador” rabugento, cheio de chistes, convivia com o poeta das madrugadas na redação do Diário. Convivemos durante mais de duas décadas. Saudades do texto afiado e das conversas futebolísticas. Queiroz era remista e flamenguista, bandeiras pelas quais sorria e chorava.

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