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GERSON NOGUEIRA

Leia a coluna do Gerson Nogueira desta quinta-feira, 1: Que comecem os jogos

Celebração é a palavra que melhor define uma Copa do Mundo. Nada se aproxima mais do significado de festa popular do que o maior torneio de futebol do planeta. Estão em campo as tradições, escolas e bandeiras mais respeitadas. E, acima de tudo, haverá o d

Celebração é a palavra que melhor define uma Copa do Mundo. Nada se aproxima mais do significado de festa popular do que o maior torneio de futebol do planeta. Estão em campo as tradições, escolas e bandeiras mais respeitadas. E, acima de tudo, haverá o desfile dos melhores jogadores, treinados por alguns dos melhores técnicos.

Para quem ama futebol, a espera de quatro anos pela competição se justifica plenamente quando amanhece o dia da abertura da nova edição. É como a reação das crianças ao receber um presente há muito sonhado.

Comecei a ter ideia da verdadeira grandeza de uma Copa em 1970 por ocasião do tricampeonato mundial. Era moleque, tinha 12 anos e fui ver um jogo entre Brasília e Baião, os dois times tradicionais da minha cidade.

De repente, quase ao final do jogo, irrompeu um carnaval entre as pessoas que estavam em torno do gramado. Todos pulavam, cantavam e se abraçavam. O Brasil havia vencido a Itália por 4 a 1, no México. Como o resto do país, os baionenses mergulhavam na grande comemoração.

Nunca mais esqueci aquelas imagens. Para um menino, nada é mais marcante do que a alegria espontânea, a vibração natural e as expressões felizes de amigos, conhecidos e irmãos.

Quis o destino que o futebol continuasse a cruzar o meu caminho. Nos anos seguintes, cobri quatro mundiais e estou me preparando para fazer a quinta. A emoção é a mesma da primeira vez em que estive na tribuna de honra, vendo as seleções entrando em campo para uma partida de Copa.

Em 2006, em Berlim, acompanhei a estreia brasileira na Copa alemã diante da Croácia. Quando soaram os acordes daquele empolgante hino da Fifa e o trio de arbitragem entrou no gramado, seguido pelos dois times, não segurei as lágrimas. Veio à mente o júbilo que havia vivido e testemunhado 36 anos antes no estadinho e nas ruas enfeitadas de Baião.

Vi ali meu pai José, que jogou futebol e chegou a ser árbitro e técnico, só para não se afastar da atividade tão amada. Se pudesse, teria ele ali ao meu lado. Melhor ainda: se possível, trocaria de lugar para que tivesse a honra tão merecida de ver uma Copa acontecendo ali sob seus olhos.

Foi dele que recebi as primeiras informações sobre os grandes craques, as táticas, histórias, encantos e lendas do jogo. Quando consegui segurar o choro, veio o alívio feliz por lembrar que estava ali a representá-lo, modestamente.

Uma Copa demarca a passagem do tempo. Funciona como um calendário especial. Costumamos lembrar datas, alegres ou não, pelo quadriênio que separa um torneio do outro. O que vamos ver hoje, no estádio Luzhniki, em Moscou, a partir das 11h30, é representação máxima daquele que é o único esporte realmente unificador.

Nem o mercantilismo avassalador – e seus tentáculos destrutivos – que contamina atletas, clubes, federações e empresas consegue superar o gigantismo do futebol nos corações e mentes de meninos do mundo inteiro.

O novo mico internacional do coronel

No mesmo estilo de caboclo interiorano que marcou sua longa trajetória como cartola no Pará, o coronel Antonio Carlos Nunes voltou a pisar na bola durante contato com a imprensa que cobre a Seleção Brasileira na Rússia. Confundiu Mar Vermelho com Mar Negro e chegou a ensaiar uma gabolice, se autolouvando pelos préstimos ao PSC. “Carreguei aquele clube nas costas”, afirmou, sem esconder o orgulho.

Sem o suporte de assessoria, Nunes desandou a falar o que não podia, nem devia – como em outro mico cometido há alguns anos, durante a Copa América. Falou de suposta amizade com o novo presidente da Fifa, que, como se sabe, não quer muita proximidade com a cartolagem brasileira.

Para coroar esses primeiros dias em Sóchi, o coronel votou na candidatura de Marrocos à sede da Copa do Mundo de 2026. Com isso, contrariou um acordo firmado há meses pelos países da Conmebol em torno da candidatura de Estados Unidos, México e Canadá.

O pior nem foi ter traído o acordo, mas a mentira boba, logo descoberta. Nunes pensou que a votação era secreta e tentou negar que houvesse votado em Marrocos. Depois, com o voto revelado, desconversou, alegando simpatia pela proposta marroquina.

Pode ter arranjado uma tremenda encrenca na relação entre CBF e Conmebol, até por ter despertado a suspeita de que teria feito “pirracinha” com raiva dos americanos, que botaram Marin no xilindró e ameaçam prender Del Nero e Ricardo Teixeira, todos amigos (estes sim) de Nunes.

Perdeu magistral oportunidade de manter o bico calado.

Poucos brasileiros viram o Brasil ganhar 5 Copas

Um estudo da UnitFour, que trabalha com dados para o mercado, mostra que apenas 6% da população viu o Brasil ganhar cinco Copas do Mundo – e as mulheres são maioria. A estimativa considera apenas aqueles com, idade superior a 5 anos na data de cada um dos títulos (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002). A população que continua viva desde a primeira conquista, atualmente, está na faixa entre 65 e 85 anos.

Mudança oportuna de rumos no Papão

A possível volta de Pedro Carmona e prováveis mudanças na linha de defesa, que pode voltar a atuar com dois zagueiros, confirmam que Dado Cavalcanti aproveitou os últimos dias para fazer uma boa reavaliação sobre a maneira de jogar do Papão.

As derrotas fora de casa para Criciúma e Goiás ligaram o desconfiômetro lá pelas bandas da Curuzu e a conclusão óbvia é a de que o sistema de jogo precisa ser modificado. Funcionou bem nas primeiras rodadas, mas os adversários passaram a mapear os pontos fracos e a neutralizar o PSC.

Com Carmona de volta, caso se confirme a formação usada nos treinos, o time ganha em qualidade, mas perde em intensidade e resistência. É uma substituição certa no segundo tempo. Alan, mesmo atuando abaixo do esperado contra Criciúma e Goiás, merece continuar no time.

A indagação que permanece é quanto ao aproveitamento de William, o volante que Dado efetivou durante o Parazão e que perdeu espaço na Série B, mesmo sem ter qualquer atuação mais comprometedora.

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