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GERSON NOGUEIRA

Torcida em clássico e retorno de goleiro Bruno são temas da coluna de Gerson Nogueira

Rivais querem torcidas de voltaDepois da intenção do PSC, anunciada na semana passada, o esforço pela autorização de público nos jogos do Campeonato Paraense e da Série C une agora os dois maiores clubes do Estado. O Remo mostra-se favorável à flexibiliza

Imagem ilustrativa da notícia Torcida em clássico e retorno de goleiro Bruno são temas da coluna de Gerson Nogueira camera Fernando Araújo

Rivais querem torcidas de volta

Depois da intenção do PSC, anunciada na semana passada, o esforço pela autorização de público nos jogos do Campeonato Paraense e da Série C une agora os dois maiores clubes do Estado. O Remo mostra-se favorável à flexibilização, embora sem apresentar projeto próprio para a reabertura das arquibancadas e condicionando a presença do torcedor à redução dos níveis de contágio da covid-19 no Pará.

O Papão já finaliza documentos para entregar às autoridades do Governo do Estado e Prefeitura de Belém, solicitando a liberação parcial de público nas partidas realizadas em seu estádio, a partir de agosto.

Para a direção do Remo, as conversas com os órgãos responsáveis são importantes no sentido de manifestar a posição do clube, embora sem a obrigatoriedade de apresentação de protocolo para respaldar a solicitação.

A ideia da dupla Re-Pa é garantir a autorização imediata de público pagante (pelo menos 50% da capacidade dos estádios). Mais do que a saudade dos gritos da torcida, há a preocupação com a queda vertical de receita ao longo da quarentena e o receio de que os próximos meses sejam ainda mais difíceis no aspecto financeiro.

Os clássicos regionais, sempre rentáveis para os cofres dos rivais, também estimulam a movimentação de ambos, visto que até dezembro podem ocorrer até quatro confrontos – dois pelo Parazão e dois pela Série C, sem incluir os jogos pela Copa Verde, ainda não confirmada pela CBF.

Por ora, a diretoria azulina analisa os boletins diários da covid-19, ciente de que uma decisão favorável à permissão de torcida nos estádios só será possível quando a doença estiver controlada no Estado.

Paralelamente, os clubes investem em alternativas para compensar a ausência da torcida, fator historicamente importante na vida dos dois clubes. O Papão estendeu faixas na Curuzu para reconstituir o ambiente de jogo com torcida já na fase de treinamentos para o Parazão.

No Leão a ideia abraçada é a de instalar totens nas arquibancadas (lado da rua 25 de Setembro) do estádio Evandro Almeida com fotos de torcedores. Até ontem, a campanha dos totens já havia arrecadado cerca de R$ 10 mil para o jogo de sábado, 1º de agosto, contra o Águia.

Criatividade, a essa altura, é moeda das mais valiosas.

Goleiro Bruno, o indesejável, causa rebuliço no Acre

Sempre que um clube tem a fuga de ideia de contratar Bruno, ex-Flamengo, condenado pela morte da ex-namorada, a balbúrdia se estabelece. Torcedores se revoltam e o clima fica pesado. O Rio Branco (AC) pagou para ver e colhe os resultados negativos da iniciativa.

Logo de cara, o anúncio da contratação de Bruno afugentou o único patrocínio que tinha para o restante da temporada. Em seguida, a treinadora da equipe feminina de futebol, Rose Costa, anunciou saída do clube através de mensagem publicada em redes sociais.

No texto, Rose diz entender o momento financeiro difícil do Rio Branco, mas que decidiu pelo desligamento após o acordo com Bruno, pois sua “história e princípios” a impedem de permanecer no clube.

O presidente do Estrelão, Valdemar Neto, ao invés de contemporizar as coisas, envenenou a situação ao dizer que tinha um acordo verbal com a treinadora, “sendo a escolha por ela feita para prestigiá-la por ser mulher”.

A parte incompreensível disso tudo é a insistência de clubes em ter um atleta que já foi bom, mas que não joga há mais de sete anos, cumprindo pena (em liberdade condicional) por um bárbaro assassinato. Nem a desculpa do “falem mal, mas falem da gente” justifica negócio tão infeliz.

Fernando Redondo, categoria e elegância a serviço do futebol

Os jornais espanhóis têm explorado nos últimos dias a traumática venda do volante Fernando Redondo, ídolo do Real Madrid, para o Milan por cerca de 25 milhões de euros. O negócio foi fechado em 27 de julho de 2000, desencadeando uma reação furiosa da torcida, que apenas três dias antes vibrara com a chegada de Luis Figo, ex-Barcelona. Aproveitei o gancho para falar um pouco sobre um dos jogadores que mais admiro.

Na transação com o Milan, pesou a matemática financeira. É que Figo saiu muito caro para os cofres do Real e a saída foi repassar o fabuloso médio argentino aos italianos por um valor considerado acima da média para um atleta que já tinha 31 anos.

O problema é que Redondo não era ídolo por acaso. Volante-meia de qualidade incomum, figurava naquele momento como um dos melhores do mundo. Ligava defesa e ataque com passadas elegantes e passes caprichados. Um craque no sentido mais rigoroso e charmoso da palavra.

Redondo liderou o Real em campo naquele Mundial de Clubes disputado no Brasil em 2000, vencido pelo Corinthians de Oswaldinho da Cuíca. Mesmo com a apatia de boa parte do time espanhol, o volante deu show e teve conduta impecável. Não cometeu uma falta sequer na competição.

Jornalistas de Madri garantem que o motivo obscuro que levou o presidente Florentino Perez a vender Redondo foi o apoio público que o jogador havia dado ao candidato de oposição, Lorenzo Sanz.

Aplaudido sempre que vai ao Bernabéu, Redondo declarou sobre o episódio que tinha ofertas maiores que as do Milan e, se o presidente tivesse dito que não queria vendê-lo, teria ficado. Elegante até o fim.

Sua passagem pelo Milan foi traumática. Sofreu contusão séria logo ao chegar e passou três anos em recuperação. Jogou apenas 16 vezes. Pediu suspensão do salário e voltou a jogar já com 35 anos, mas aí o time já contava com outro jogador especial, Andrea Pirlo.

Jogador de formação qualificada, Redondo fez o que já havia feito ao longo da carreira diante de crises, incluindo a recusa em defender a Argentina na Copa de 90 e o conflito com Passarella em 1998. Optou pelo lado racional, encerrando a brilhante carreira para se dedicar à família.

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