Leão corre contra o tempo
O tempo ainda favorece o projeto azulino de contratação de um novo executivo, mas o prazo para definir o nome do profissional começa a se esgotar na primeira quinzena de novembro. O motivo é simples: a partir da metade do próximo mês, o novo técnico já deve estar garantido para que o elenco comece a ser estruturado e inicie preparativo para a temporada 2020.
Na semana passada, o candidato mais cotado para assumir a função executiva no clube esteve em Belém conhecendo o estádio Evandro Almeida e tendo acesso a metas e projetos do Remo para o ano que vem.
Jorge Macedo, que já trabalhou em grandes clubes – Internacional, Vitória e Fluminense –, é o nome que o clube avalia para assumir o cargo, vago desde que Luciano Mancha foi dispensado.
O currículo de Macedo é bom, mas reina certa preocupação com o pouco tempo que passou nos clubes acima citados. De qualquer maneira, o clube garante que não há acerto confirmado, embora seja evidente o interesse do clube em sua contratação.
Não é todo dia que um profissional especulado para função tão importante é chamado a conhecer as entranhas da agremiação. Quando isso ocorre é porque os entendimentos estão avançados.
O que se sabe é que Macedo tem até a próxima quarta-feira, 30, para responder se aceita trabalhar no clube. O gaúcho Carlos Kila, indicado ao clube logo depois da saída de Mancha, é outro nome sondado pela diretoria azulina. Maico Gaúcho, primeiro executivo procurado e ex-jogador do Leão, nem iniciou conversa, pois pretende abraçar a carreira de técnico.
A parte que inquieta dirigentes e torcida é a demora em definir o executivo porque isso afeta a busca pelo treinador. O mercado não oferece muitas alternativas, levando em conta o orçamento disponível e o perfil desejado.
Depois do insucesso da aposta em Eudes Pedro, é improvável que o comandante a ser contratado seja um iniciante. Existe a preocupação em trazer um profissional capaz de bem administrar o vestiário e lidar com uma torcida exigente.
Nesse sentido, há outro fator a pesar na escolha do futuro treinador: o exemplo de Hélio dos Anjos, um técnico ‘old school’, cujo êxito no maior rival não passa despercebido no Baenão.
Astros devem estar prontos para cobranças
Daniel Alves é um raro caso de jogador brasileiro a merecer status de astro no fim da carreira. Antes dele, só Ronaldo Fenômeno teve esse privilégio, ao se aposentar defendendo o Corinthians. Com 40 títulos conquistados na carreira, o lateral-direito desembarcou no S. Paulo como candidato a ídolo, com direito a cerimônia especial de recepção. Depois dos salamaleques, começaram as cobranças.
Sob a direção de Fernando Diniz, o time começou a jogar melhor e a pressão sobre Daniel também diminuiu. Entrevistado pelo Sportv, o jogador falou da preocupação que teve com o choque cultural que iria enfrentar, pois construiu toda a carreira fora do país.
Comentou que se surpreendeu com a necessidade constante de debater atuações e comportamentos como atleta do São Paulo. E criticou analistas esportivos que não tiveram experiência de campo.
Ficou a impressão de que Daniel ainda pensa em termos grandiosos. O craque brazuca vitorioso no exterior que não tem satisfações a dar. O tempo vai mostrar que não há blindagem possível. Críticas fazem parte do processo e a pressão aumenta na mesma proporção dos ganhos salariais.
Tropeço estraga o brilho da manhã cruzmaltina
Como ocorre todos os anos, fui escalado e tive o imenso prazer de trabalhar na jornada esportiva da Rádio Clube ontem pela manhã, no Souza, comentando jogo da Tuna. A Lusa é o clube de coração de meu pai José e de meu mano Edmilson, o que aumenta bastante o grau de satisfação de participar da manhã festiva no simpático e centenário estádio.
Sim, apesar dos pesares – e dos seis anos amargando participações frustrantes na disputa da vaga de acesso ao Campeonato Estadual –, a Tuna arrasta sempre um fiel grupo de torcedores.
O clima era favorável, simpático. Um jeitão de quermesse no ar. Todo mundo queria ver a reabilitação da Tuna na Segundinha após dois empates. Infelizmente, a vitória não veio. O time de Charles Guerreiro teve a posse da bola no 1º tempo e não aproveitou.
No segundo período, os passes errados se repetiam, o ataque nada produzia. Paulo Rangel perdeu um gol de frente para o goleiro. De repente, o Pedreira se encheu de brios, foi à frente e o volante Biro aproveitou belo passe de Léo Ribeiro para abrir o marcador.
Faltava pouco tempo para o fim do jogo, mas o espírito valente da Cruz de Malta ainda daria as caras para salvar a manhã domingueira de 300 e tantos torcedores presentes. Em cruzamento alto de Lukinha, Tetê desviou de cabeça e a bola foi parar no fundo do barbante, aos 48 minutos.
O resultado despertou mais reações amuadas do que aplausos, mas mantém as chances (remotas) de classificação. Para que isso ocorra, será preciso derrotar o Cametá no meio da semana, lá no Parque do Bacurau. Uma parada sempre indigesta. Para complicar, a Tuna folga na última rodada e passará a depender de uma combinação de resultados da rodada final.
Charles Guerreiro, que comandava a equipe, já não estará presente. Foi afastado logo após o tropeço em casa. Como o time não decolou, a diretoria agiu rápido contratando Samuel Cândido para ocupar o cargo.
Antes de deixar o Souza, ao lado de Cláudio Guimarães, soube pelo repórter Francisco Urbano que nem mesmo a pacífica Lusa está imune às vicissitudes da vida moderna. Um sururu entre facções de torcedores motivou intervenção policial e quebrou a atmosfera bucólica e familiar.
Para completar, à tarde, outra notícia ruim para os tunantes. O Carajás derrotou o Vênus por 2 a 1 e ultrapassou a Tuna na classificação, chegando a quatro pontos e passando a dividir liderança com o Cametá.
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