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GERSON NOGUEIRA

Gerson Nogueira analisa contratações bicolores

A vez da mão-de-obra nativa Os times de futebol no Brasil disputam competições com elencos formados quase sempre a partir de informações desconexas, indicações de pessoas não habilitadas, demonstrando ausência de critério e descuido quanto à verificação

A vez da mão-de-obra nativa

Os times de futebol no Brasil disputam competições com elencos formados quase sempre a partir de informações desconexas, indicações de pessoas não habilitadas, demonstrando ausência de critério e descuido quanto à verificação de desempenho dos atletas. Os resultados dessas escolhas inapropriadas acabam se revelando, da pior forma, ao longo de campeonatos e torneios.

Como o futebol é atividade sujeita a percalços de toda ordem, acaba aceitando a influência de fatores inusitados para desfechos surpreendentes. Não é incomum, portanto, que ocorram situações capazes de desafiar a lógica dos fatos, premiando soluções apressadas e mal avaliadas.

No Pará, useiro e vezeiro na prática de contratações massivas, ao sabor da irresponsabilidade de muitos e da esperteza de outros tantos, já tivemos exemplos de equipes constituídas às pressas e que tiveram êxito pleno ou parcial.

Apesar de raros, tais casos servem para corroborar as piores práticas, sendo usados como argumentação contra quem defende método e organização, planejamento de longo curso e preocupação com a qualidade.

A dupla Re-Pa caminha de mãos dadas nesse departamento. É bem verdade que os azulinos trilham a rota do improviso há tempos, de maneira continuada e teimosa.

Os bicolores, ao contrário, têm se mostrado sinceramente mais preocupados em fugir aos velhos hábitos. Há seis anos, desde a ascensão do grupo políticos Novos Rumos, uma revigorada geração de dirigentes persegue atitudes mais adequadas às modernas práticas de gestão. São elogiáveis os esforços nessa direção.

Talvez por isso haja espanto quase geral com a sequência de erros que o clube ostenta nas últimas edições da Série B. Com executivos de futebol diferentes, as contratações não fugiram muito à regra de sempre, priorizando atletas rodados, vindos de equipes paulistas e paranaenses medianas.

Ao invés de seguir a infalível cartilha da atualização de dados, com atenção ao rendimento anterior dos jogadores buscados, os executivos e diretores do Papão deixaram-se levar por indicação de técnicos, quase todos previamente comprometidos com os chamados “atletas de confiança”.

Só isso explica, por exemplo, na atual Série B, o PSC ter contratado 29 atletas, alguns a custo significativo, sendo que vários nem chegaram a disputar três jogos completos, por deficiência técnica ou problemas de condicionamento.

Três casos são exemplares: Jonathan, Guilherme Teixeira e Fábio Alemão. O último nem estreou e, provavelmente, não será escalado nas próximas três partidas. Veio do Internacional, com boas recomendações, mas sumiu depois de chegar à Curuzu. Seria tecnicamente inferior a Timbó?

O zagueiro Guilherme foi escalado por Guilherme Alves, atuou três vezes e não mais foi lembrado. Jonatas, também trazido no período de Alves, que o definiu como um volante que poderia atuar na lateral com eficiência, também foi relegado ao esquecimento após quatro entradas no time – contra Ponte Preta, Brasil, Sampaio e São Bento.
Em meio a isso, jogadores contratados no começo do ano foram sendo descartados. Moisés foi liberado após longo jejum de gols, Renan Gorne também.

O experiente volante Cáceres vive um esquisito exílio interno. Jogou quatro vezes (Juventude, Avaí, Boa e Fortaleza). Ficou lesionado e, depois de liberado pelo DM, só participa dos treinos. Fica encostado, mesmo sendo um dos maiores salários do grupo. Sua única aparição, no banco de reservas, foi o cartão amarelo recebido contra o CRB.

E aí, na hora do aperreio, os nativos são finalmente lembrados. A entrada de Magno e William comprova a velha máxima. Dado Cavalcanti, Guilherme Alves, Ailton e o próprio Brigatti não levavam fé na dupla. Eram pouco escalados, nunca como titulares absolutos.

Como não é mais possível bancar as opções por jogadores que não rendem (como Claudinho), Magno virou a bola da vez. É velocista, joga pelos lados e faz gols, uma raridade no atual naipe de atacantes bicolores. Deverá ser mantido até o final, pois não há alternativa mais confiável para as necessidades atuais.

Interessante é que, a cada boa atuação de um jogador pouco badalado, confirma-se o caótico processo de contratações que tanto mal causa ao PSC nesta Série B.

Um mar de mistérios e desinformações

Bombástico boato com cheiro de factoide irrompeu em meio à conturbada campanha eleitoral no Remo. Teria aparecido um misterioso grupo investidor – supostamente do segmento atacadista de São Paulo – disposto a investir R$ 10 milhões no clube. A oferta estaria em mãos da diretoria e já teria sido comunicada ao Condel, cujo presidente negou ter recebido qualquer informação concreta a respeito.

Surpreende tamanha disposição para investimentos em momento especialmente nublado da economia nacional. Mas, se for verdade, é ótima notícia para os azulinos. Serviria para compensar o festival de baixarias que alguns descerebrados promovem para tumultuar a eleição.

Caso seja algo realmente sério, fica a dúvida sobre o motivo de tanto mistério. O que impede a presidência do Remo de anunciar publicamente a existência de tal proposta, submetendo-a à apreciação dos conselheiros? Caso a história não seja esclarecida, ficará a suspeita de que é mais um factoide para ludibriar eleitor desavisado.

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