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GERSON NOGUEIRA

Leia na coluna de Gerson Nogueira desta segunda-feira, 11: Lembranças Leoninas

Os mais supersticiosos chegam a se perguntar se há cabeça de burro enterrada no Evandro Almeida ou se alguém fez feitiço contra as cores azulinas. A busca por explicações esotéricas surge sempre que um resultado afronta a lógica natural, como os três gols

Os mais supersticiosos chegam a se perguntar se há cabeça de burro enterrada no Evandro Almeida ou se alguém fez feitiço contra as cores azulinas. A busca por explicações esotéricas surge sempre que um resultado afronta a lógica natural, como os três gols sofridos pelo Remo no sábado à tarde diante do Náutico, na Arena Pernambuco.

Acontece que os problemas são todos de natureza terrena. O time tem limitações graves do ponto de vista técnico. Mesmo quando ensaia se organizar melhor, o risco do desastre é sempre iminente. Jogava bem contra o Salgueiro e perdeu numa jogada fortuita.

Contra o Náutico, o clichê de que o Remo perdeu para seus próprios erros cabe perfeitamente. O primeiro tempo foi satisfatório, com interessante movimentação pelos lados e tabelas pelo meio. Everton liderou as ações na meia-cancha, fazendo funcionar o esquema 4-2-3-1.

A atuação do Remo foi tão superior que obrigou o Náutico a jogar no contra-ataque, atuando excessivamente recuado. O único momento de perigo para Vinícius foi quando Jobson cobrou falta no travessão.

Todas as expectativas de um segundo tempo ainda melhor por parte dos azulinos caíram por terra com uma trapalhada do zagueiro Moisés, que ficou controlando a bola à espera de Vinícius e acabou chutando de leve contra as pernas do goleiro. Na sequência, a bola sobrou para Robinho bater forte e abrir o placar, desviando ainda em Mimica.

Apesar do gol que deu de presente, o Remo reagiu rápido e chegou ao empate quatro minutos depois em chute forte e cruzado de Esquerdinha após uma sequência de chutes do ataque remista na área pernambucana.

Por quase 30 minutos, o jogo ficou aberto, mas com forte presença do Remo quando partia com a bola em tramas rápidas. Isso funcionou bem quanto teve Everton em campo. Quando o meia saiu, contundido, Artur Oliveira botou Elielton em seu lugar. Ruan já havia substituído a Eliandro.

E Ruan teve nos pés a bola do jogo, aos 20 minutos. Ele recebeu na entrada da área e disparou um chute fraco. Ao seu lado, entrando pela esquerda, Rafael Bastos esperava livre à frente do goleiro.

Aos 36’ aconteceu a segunda falha defensiva. Wallace girou sobre a marcação de Mimica e Dudu e chutou forte. Vinícius espalmou nos pés de Jonathan, que só teve o trabalho de tocar para o fundo das redes.

Esquerdinha chutou com perigo junto ao travessão. O goleiro Bruno desviou para escanteio. Após a cobrança, o Remo perdeu a bola e Wallace partiu sozinho para a área. Leandro Brasília, único a guarnecer a defesa, fez o desarme, mas o árbitro interpretou como penalidade, que foi convertida, ampliando para 3 a 1 a vantagem do Náutico.

Elielton ainda descontou, aos 49’. Seria um resultado normal para um clássico regional, não fosse pelo gosto amargo de uma jornada sabotada por lambanças indesculpáveis da defesa.

Brasil passa pelo último teste sobrando em campo

A grande notícia do amistoso disputado sob o sol primaveril vienense foi o bom funcionamento do quadrado ofensivo que envolve Neymar, Phillipe Coutinho, Willian e Gabriel. Pelo que foi mostrado em campo, principalmente na etapa final, é quase certo que Tite vai manter esse bloco de atacantes para a estreia contra a Suíça no próximo domingo, 17.

A registrar também a atuação convincente de Neymar por quase 90 minutos, correndo e driblando como sabe fazer. Chamou o jogo, fintou e não fugiu aos choques e pontapés. Definitivamente, o principal jogador da Seleção está pronto para a Copa – e em alto nível.

A seleção da Áustria criou algumas dificuldades pela forte marcação de cinco jogadores na última linha, mas o time de Tite sobrou no segundo tempo, tanto no plano físico quanto na inspiração dos atacantes, confirmando a tendência de crescer em cima do desgaste dos adversários. Que o desenrolar do Mundial abençoe essa estratégia.

Não consigo ainda é aturar Fernandinho ali no meio. Lembro sempre do tsunami alemão em BH, há quatro anos.

Joias do pensamento futeboleiro

“Eu jogava muito bem, era uma maravilha, mas só de noite, enquanto dormia: durante o dia era o pior perna-de-pau que havia visto nos campinhos do meu país”.

“As seleções africanas perderam a noção. Eles sacrificaram virtudes antigas em nome da eficácia, e a eficácia brilhou por sua ausência”.

“Para os intelectuais de esquerda, o futebol impede que o povo pense. Para os de direita, prova que pensa com os pés. Que é um negócio? Isso vale para tudo. O sexo não é? Mais que qualquer esporte. E os que sabem me dizem que o sexo vai bem...”.
Eduardo Galeano, escritor e jornalista uruguaio.

Direto do blog

“Virou moda treinador de futebol, após derrotas, comemorar que o próximo jogo será uma semana depois, e que haverá bastante tempo para ‘arrumar’ a casa. De nada adianta arrumar a casa com móveis velhos, pesados, sujos, quebrados, apoiados em tijolos etc. – a imagem será sempre a mesma ou até pior. É o que acontece com Remo e Paysandú. Só compram jogadores sub-40, pré-aposentados, sem competência, bichados, sem preparo físico e, o que é pior, sem qualquer motivação e identificação com o clube”.

George W. Carvalho

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