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GERSON NOGUEIRA

Leia a coluna de Gerson Nogueira desta quarta: O mico que Givanildo evitou

Nos últimos dias, o noticiário esportivo local foi sacudido por um projeto de mico que começou como mero factoide e depois se revelou um espantoso plano de autossabotagem: o interesse do Remo na contratação do ex-jogador Jobson, recém-saído da prisão no T

Nos últimos dias, o noticiário esportivo local foi sacudido por um projeto de mico que começou como mero factoide e depois se revelou um espantoso plano de autossabotagem: o interesse do Remo na contratação do ex-jogador Jobson, recém-saído da prisão no Tocantins.

Dirigentes do Remo confirmaram, através do site Uol, que iniciaram tratativas com Jobson ainda em fevereiro, tendo o aval do técnico Ney da Matta, então no comando da equipe, destempero que pouco engrandece a figura do ex-treinador azulino.

O mais impressionante é que, quando esse contato de primeiro grau aconteceu, Jobson ainda estava na cadeia, em Colmeia (TO). Fica mais ou menos clara a intenção de criar um fato para obter visibilidade nacional, mais ou menos na linha do “falem mal, mas falem de mim”.

Como o maior rival havia acabado de meter o pé na jaca trazendo o atacante Walter para se recondicionar em Belém, o Remo resolveu fazer pior. A história mostra, mais uma vez, que os irmãos siameses se copiam em quase tudo, principalmente nas péssimas ideias.

O mais grave de toda essa rocambolesca aventura é que Givanildo Oliveira foi o último a saber. Na entrevista ao site de São Paulo, a diretoria informa que ainda iria ouvir a opinião do técnico.

É a inversão completa das coisas. O treinador deve ser sempre o primeiro a ser ouvido quando o assunto é reforço (ou prejuízo, conforme o caso) para o elenco. Como até o leãozinho de pedra do Baenão já sabia,Givanildo jamais iria avalizar tamanha presepada. Isso se confirmou na reunião de segunda-feira (30), convocada para discutir – a sério! – o caso Jobson.

Acontece que existem bolsões da torcida extremamente sensíveis a apelos marqueteiros e aloprados. Ao longo de três dias, grupos de torcedores na internet discutiram apaixonadamente a ideia de ver Jobson no time.

O veto previsível de Givanildo jogou um balde de água fria e decepcionou até setores da mídia esportiva, tão irresponsáveis quanto o torcedor mais distraído. Esqueceram que o Remo precisa de reforços que venham para jogar e contribuir para elevar o nível técnico do time.

Jobson não é reforço. Trata-se de um ex-jogador, atualmente mais preocupado em prestar contas com a Justiça. Não atua como profissional há quatro anos, desde que foi desligado do Al-Ittihad da Arábia Saudita, após punição imposta pela Fifa por uso de substâncias proibidas.

Ficou suspenso do futebol até 2017. Quando poderia reiniciar a carreira, foi acusado de estuprar quatro adolescentes. Em fevereiro, quando os dirigentes do Remo o procuraram, ainda estava preso em Colmeia (TO).

Caso a loucura fosse adiante, Jobson teria que ficar pelo menos dois meses cuidando do condicionamento para estrear na reta final da Série C. Por ter livrado o Remo de um mico nacional, de sérios prejuízos financeiros, Givanildo merece receber os mais sinceros agradecimentos.

Que a firme postura de Giva no episódio não o atire à cova dos leões, passando a ser atacado pelos que defendiam a contratação. E que a diretoria autônoma de futebol, que realiza um trabalho admirável e merecidamente reconhecido por todos, não caia em outra esparrela desse nível.

Apitaço amigo dá vaga de finalista ao super Real

Saiu ontem o primeiro finalista da Liga dos Campeões da Europa. O resultado premiou o time que foi dominado nos dois jogos frente ao Bayern, mas teve competência para aproveitar as poucas oportunidades de gol e a ventura de contar com arbitragens, digamos, generosas.

Os números do clube fundado sob as bênçãos da realeza espanhola são superlativos. Vai disputar sua terceira final europeia consecutiva e a 16ª de sua história. Nenhum outro clube chegou a tanto.

A partida de ontem teve quatro gols e ampla superioridade alemã nos dois tempos. Mas, como em Munique, o Bayern abusou de perder gols, o que é sempre fatal contra um adversário qualificado. A vantagem técnica foi tão expressiva que o goleiro Navas se consagrou como o melhor em campo.

Coincidência ou não, o domínio do Bayern coincidiu com nova atuação apagada do astro Cristiano Ronaldo, que também passou em branco no jogo de ida, apesar da vitória merengue.
Com linhas mais avançadas, o time alemão abriu o placar logo aos 2 minutos, com o lateral Kimmich, mas deixou escapar a vantagem instantes depois, quando Benzema aproveitou cruzamento de Marcelo, aos 9’.

Depois de um breve equilíbrio, o Bayern desferiu uma sequência de ataques, sempre sustentados pelas arrancadas de Ribéry e James Rodriguez. As chances, porém, não foram aproveitadas e o árbitro turco deixou de dar dois penais claros, um sobre Lewandowski e outro em bola que Marcelo tocou com a mão.

A sorte de campeão iluminou de novo o Real aos 30 segundos do tempo final. Benzema virou o placar aproveitando um presente do goleiro alemão, que não conseguiu afastar a bola imprudentemente recuada.

Sem se abalar pela falha, o Bayern voltou a insistir no ataque e igualou tudo aos 17’, com James Rodriguez, após cruzamento de Lewandowski. A desastrosa arbitragem vai gerar polêmica, até porque o Real se notabiliza por contar sempre com ajudas monumentais dos homens do apito.

O Real vai à final sem ter jogado mais do que seus adversários diretos nas quartas e semifinais, mas ainda assim é favorito contra Liverpool ou Roma (que jogam hoje). Pela história, peso da camisa e força nos bastidores.

Pachequice verde-amarela já faz festa antecipada

A turma varonil já prepara as vuvuzelas, os tamborins, a cerveja e o papel picado para saudar a conquista certa do hexa na Copa da Rússia. Nem os exemplos recentes de empolgação exagerada intimidam os pachecos, a julgar pela mais recente pesquisa de opinião sobre a expectativa do torcedor no Brasil a 45 dias do início da competição.

Levantamento distribuído pelo instituto Paraná Pesquisas mostra que 35,2% acreditam que Neymar será o craque maior da Copa. Segundo o levantamento, o astro da Seleção vai desbancar Cristiano Ronaldo (que ficou com 30,3%) e Lionel Messi (16,9%).

A memória é seletiva e trai.

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