Horas depois de confirmar à Rádio Gaúcha que a imagem de uma receita médica em que prescreve cloroquina para si mesmo é verdadeira, David Uip, chefe do Centro de Contingência ao Coronavírus em São Paulo, criticou o presidente Jair Bolsonaro, que questionou nas redes sociais se o infectologista da equipe de Joao Doria (PSDB) havia tomado a medicação.
"Presidente, eu respeitei o seu direito de não revelar seu diagnóstico, respeite o direito de não revelar meu tratamento. A minha privacidade foi invadida. A privacidade da minha clínica foi invadida. Tomarei as providências legais adequadas para a invasão da minha privacidade e dos meus pacientes". disse o médico.
Uip se infectou com o coronavírus, se curou e voltou ao trabalho esta semana. Mas, questionado ontem se havia usado a cloroquina em seu tratamento, Uip se esquivou. Até que a imagem da receita veio à tona.
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Ainda sem confirmar se havia tomado o remédio, mas afirmando que é real a receita, que tem ele como paciente e como médico, Uip disse que o seu tratamento não tinha "nenhum valor" para a discussão, afirmou que não é contra o uso da medicação, mas fez ressalvas.
"Na reunião de quinta passada com ministro Mandetta [da Saúde], sugeri que ampliasse o uso de cloroquina para todos os pacientes internados desde que o médico receitasse e o e o paciente autorizasse".
O infectologista ressaltou que a cloroquina tem efeitos cardíacos e hepáticos e Uip afirmou que precisa ser tomada com cuidado. Em seguida, reclamou de o seu tratamento, algo pessoal segundo ele, gerar tanta repercussão.
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