Você já viu uma 'boneca namoradeira' na janela?

Elas não são originárias de Belém, mas é fácil encontrá-las nas sacadas e janelas de casas e apartamentos da capital paraense. É até mesmo difícil saber de onde surgiram, mas as 'bonecas namoradeiras' dão um charme especial para muitos ambientes.

Geralmente ela se encontra na posição como quem espera por alguém. Cabeça, ombros, braços, mãos e busto são os elementos que compõem a peça de artesanato. Os lábios carnudos, roupas estampadas e penteados diferentes ajudam na caracterização.

Geralmente uma das mãos está sobre a superfície que foi apoiada e a outra na cabeça inclinada, com os seios fartos que representam a ideia de que esteja ali para ser cortejada e quem sabe assim arranjar um casamento.

Essa descrição faz parte do imaginário dos tempos em que as mulheres que queriam casar se apresentavam nos janelões dos casarões aos pretendentes que passavam na rua. As janelas, por sinal, era o único contato que as mulheres tinham com o meio externo a casa.

Em Belém, quem transita pela travessa Castelo Branco já deve ter deparado com alguma e com certeza ter despertado a curiosidade. Na Doutor Freitas, entre Pedro Álvares Cabral e Senador Lemos, a boneca também estão lá.

Segundo o blog "Baú da Arteira", a brincadeira de usar o bibelô começou por Minas Gerais e logo se espalhou por todo o país.

O material de que são feitas pode ser barro, madeira, resina e gesso. As namoradeiras representam mulheres de várias etnias.

Com o passar do tempo, se elas estão apenas relembrando o passado, tem quem diga que funcionem como uma forma até de espantar bandidos, afinal eles não devem gostar da ideia de estar sendo observados.

E você já viu uma 'boneca namoradeira' na janela? Qual é a real função? Você gosta da ideia? Comente!

(DOL)