Operação deteve 78 pessoas no centro comercial

Para diminuir o índice de criminalidade do centro de Belém, nos bairros da Campina e Cidade Velha, que geralmente se acentua com a aproximação das festividades do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, a Polícia Civil em conjunto com policiais militares e guardas municipais, deu início ontem pela manhã à Operação Miriti. O objetivo: retirar das ruas pessoas em condição de foragidas da justiça. Ao todo 78 pessoas foram conduzidas para a Seccional do Comércio para verificação e, do total, 8 retornaram ao sistema penitenciário.

De acordo com a delegada Flávia Leal, diretora da Seccional do Comércio, a operação visou conduzir as pessoas que estivessem em situação suspeita, nas ruas, e que não possuíam qualquer tipo de documento de identificação pessoal, para conter os crimes da área e complexo da Praça Santuário, em Nazaré. “A finalidade é não permitir que nesse período de Círio o índice de criminalidade aumente, porque vem crescendo assustadoramente. As pessoas detidas hoje (ontem) têm envolvimento com diversos crimes como assaltos, latrocínio e tráfico de drogas. A operação é para dar um freio nessa situação”, explicou a policial civil.

FORAGIDOS

Das 8 pessoas detidas, e que permaneceram presas, todas estavam vivendo nas ruas ou foragidas da Justiça. Entre eles, um homem que estava com mandado de prisão expedido pela Justiça do Estado do Amapá. Segundo a delegada, nessa época é comum que as pessoas em situação de rua migrem de outros bairros para o centro histórico, onde cometem os crimes. A Operação Miriti deverá continuar.

HOMICÍDIOS

De acordo ainda com a delegada Flávia Leal, o crescimento de homicídios entre pessoas que vivem nas ruas cresceu no centro comercial de Belém. Somente nos últimos 2 meses, 6 homicídios foram registrados. Desses, 2 assassinos já foram identificados pela polícia, que já solicitou seus pedidos de prisão preventiva. “Uma das vítimas é mulher e a outra foi um morador de rua morto na madrugada na Praça da República, que foi o caso mais recente”, concluiu a policial civil.

(Emily Beckman/Diário do Pará)