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Seus filhos estão seguros na internet?

Se a atenção de pais e responsáveis é reforçada quando crianças e adolescentes atravessam a porta de casa, a preocupação deve ser a mesma quando se trata da internet. Especialista em direito digital, a advogada Patrícia Peck Pinheiro defende que a interne

Se a atenção de pais e responsáveis é reforçada quando crianças e adolescentes atravessam a porta de casa, a preocupação deve ser a mesma quando se trata da internet. Especialista em direito digital, a advogada Patrícia Peck Pinheiro defende que a internet “é a rua da era digital” e, portanto, deve ser utilizada de forma vigiada por aqueles que ainda estão em fase de desenvolvimento.

Para ilustrar os perigos que podem estar ‘escondidos’ por trás de uma tela de computador ou de um smartphone, Patrícia destaca que, entre as crianças de 6 a 9 anos de idade, a ocorrência mais comum é de acesso a conteúdo não apropriado. Já até os 12 anos, os riscos maiores decorrem do contato com estranhos, seja através de jogos on-line ou aplicativos de mensagens, além da exposição demasiada da intimidade. “São mais de 5 bilhões de pessoas conectadas. Dentre todo esse montante deve ter alguém mal intencionado utilizando a rede”, alerta. Com base na legislação brasileira, Patrícia explica que os pais têm o dever da vigilância sobre os atos dos filhos, e isso não é diferente em relação às práticas na internet. “Os pais têm o dever de supervisionar que fotos essa criança está acessando, com quem está falando, que tipo de conversa está mantendo. Isso tudo exige que os pais vão atrás de meios para obter essas informações”, enumera. Verificar os termos de uso e a indicação de idade de aplicativos antes que os filhos façam download é uma das formas de se manter tal controle. Algumas empresas de desenvolvimento de antivírus já disponibilizam softwares de controle parental, através do qual é possível vigiar se a criança está acessando contas indevidas, as navegações nas páginas, etc.

ATENTOS

Pai do pequeno Pietro, 4 anos, o empresário Paulo Marques, 34, já pensa em uma maneira de ter acesso ao histórico de navegações do filho. Ele conta que Pietro começou a utilizar o celular mesmo antes de aprender a escrever. “Com dois anos e meio de idade ele já sabia procurar o que ele queria. Mesmo sem escrever ele já buscava os vídeos usando pesquisa por voz”. Parte da rotina de diversão, o celular é utilizado pelo menino para assistir desenhos animados ou jogos eletrônicos. Ainda que o conteúdo se restrinja a isso, todo o acesso dele é vigiado pelos pais. “Como ele utiliza o nosso próprio celular, conseguimos sempre ver o que ele está fazendo. Além disso a gente verifica sempre o histórico dos acessos”, conta a mãe, a farmacêutica Hanna Danielle dos Santos, 25 anos. Mesmo com a vigilância e tempo de uso controlado, eles já passaram por surpresas. “Uma vez ele pesquisou por áudio a Peppa Pig e o vídeo que surgiu no Youtube era um que estava com o nome do desenho, mas que tinha cunho pornográfico”, lembra a farmacêutica. “Hoje tem de tudo na internet, então tem que se preocupar”, complementa Paulo.

Mãe de Ayana Sofia, de 9 anos de idade, a pedagoga Helen Glauce Damasceno, 34 anos, costuma determinar um horário para acesso à internet em casa, geralmente concedido após a realização da tarefa de casa. As brincadeiras presenciais, com os amigos, também são estimuladas para tentar evitar dependência da internet e jogos eletrônicos. Nas redes sociais “só o que ela tem é o Instagram, mas, ainda assim, ele fica instalado apenas no meu celular, então eu vou controlando. A minha preocupação é exatamente com as pessoas que vão ter contato com ela. Quem são essas pessoas?”, explica Helen.

CYBERBULLYING EXIGE CUIDADO REDOBRADO

Problemas envolvendo cyberbullying são mais comuns entre jovens de 13 a 15 anos. Para evitá-los, é preciso redobrar o cuidado não apenas com possíveis vítimas, mas também com possíveis ofensores. Patrícia Peck aponta que, na fase dos 15 aos 18 anos, o adolescente não sabe medir muito bem as consequências de seus atos. O cyberbullying é caracterizado justamente por “comportamentos agressivos, intencionais e repetitivos que são adotados por um ou mais alunos contra outros colegas, via blogs, portais de relacionamento e de vídeos, entre outros tipos de sites”, explica a cartilha ‘Ética e Segurança Digital’, desenvolvida pelo instituto iStart, criado por Patrícia. O adolescente que pratica o cyberbullying pode responder “como ato infracional por ameaças ou preconceitos proferidos na internet, mas os pais também podem ser responsabilizados por serem os responsáveis por aquela criança ou adolescente que cometeu”, alerta a especialista.

(Cintia Magno/Diário do Pará)

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