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CNI irá mapear influência de tecnologias na indústria brasileira

Apesar de o Custo Brasil ser um tema obrigatório na agenda de empreendedores no país, existe uma outra questão que vai fazer a diferença para o futuro do empresariado nacional. Trata-se da velocidade com que a economia vem sendo transformada pelas novas t

Apesar de o Custo Brasil ser um tema obrigatório na agenda de empreendedores no país, existe uma outra questão que vai fazer a diferença para o futuro do empresariado nacional. Trata-se da velocidade com que a economia vem sendo transformada pelas novas tecnologias, como a internet das coisas e a nanotecnologia, temas que anos atrás pareciam temas exclusivos da ficção científica.

Atenta às mudanças tecnológicas e aos seus efeitos na indústria em todo o mundo, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), deu início ao Projeto Indústria 2027: Riscos e Oportunidades para o Brasil diante de Inovações Disruptivas. A entidade reuniu um amplo time de pesquisadores do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para analisar quais são as principais tendências tecnológicas no mundo e como elas influenciarão o futuro da indústria brasileira nos próximos cinco a dez anos. O resultado é uma iniciativa de magnitude e detalhamento inéditos no Brasil.

“O estudo vai mapear como as novas tecnologias vão alterar o processo produtivo brasileiro. Para isso, teremos estudos aprofundados sobre as principais tendências em inovação mundial e de que forma elas serão aplicadas nas empresas” aqui no Brasil, afirma o economista Paulo Mól, superintendente nacional do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e coordenador do projeto.

Para Renato da Fonseca, gerente executivo de pesquisa e competitividade da CNI, no momento atual da indústria brasileira, é fundamental receber informações para saber de que maneira se adaptar. “Há pela frente um trabalho muito grande para, primeiro, fazer a digitalização dos processos e, em segundo lugar, reorganizar a gestão para lidar com esse grande volume de informações”, afirma Fonseca.

Oito tecnologias

Na primeira etapa, será aprofundado o conhecimento sobre oito grupos de inovações potencialmente disruptivas. São eles:

Internet das coisas: permite criar sistemas de monitoramento inteligentes, atualizados em tempo real na tela de funcionários selecionados;

Tecnologia de redes de comunicação: garante que as mais diferentes áreas da empresa, situadas em qualquer canto do planeta, estejam sempre conectadas;

Inteligência artificial: sistemas capazes de lidar com grandes quantidades de informações e de aprender sozinhos como melhorar o atendimento a clientes ou gerenciar contas bancárias, por exemplo;

Big data: softwares que permitem interpretar dados. Com eles, gestores contam com informações sobre a produção e o rendimento da equipe;

Produção inteligente e conectada: é a base das máquinas integradas, que trocam informações entre si e permitem, por exemplo,
interromper a produção em caso de erro;

Bioprocessos e biotecnologias avançadas: novas tecnologias prometem revolucionar a produção de alimentos, a fabricação de
medicamentos e o refino de petróleo;

Nanotecnologia: permite aumentar a produtividade dos cosméticos e criar tecidos inteligentes para roupas capazes de absorver suor, repelir insetos ou hidratar a pele;

Materiais avançados: estão revolucionando alguns setores, como a indústria automobilística, ao permitir o desenvolvimento de peças mais precisas, baratas e resistentes;

Armazenamento de energia: sistemas inteligentes permitem medir o consumo, identificar os pontos de fuga de energia e até mesmo reparar sozinhos alguns dos problemas.

Dez setores

Num segundo momento, a partir de outubro, os especialistas vão examinar como essas tecnologias vão impactar modelos de negócio e provocar transformações na direção de novos padrões de produção e de competição de dez sistemas produtivos:

  • Agroindústria;
  • Insumos básicos;
  • Química;
  • Petróleo e gás;
  • Bens de capital;
  • Completo automotivo;
  • Aeroespacial e defesa;
  • Tecnologia da informação e Comunicações;
  • Fármacos;
  • Bens de consumo.

O resultado será publicado na forma de um livro a ser lançado no fim do primeiro trimestre de 2018. “As conclusões serão apresentadas para a indústria, mas também poderão orientar políticas públicas”, aposta Paulo Mól. “Precisamos de estudos que nos ajudem a pensar como serão os novos profissionais e as novas ferramentas de produção. Essa é a nossa principal agenda para o Brasil.”

O futuro hoje

Conheça duas empresas brasileiras que já usam as tecnologias do Século XXI

Nexxto

Surgiu em São Paulo, em 2010, para fornecer rastreamento para servidores. “Em 2014, fomos ao Vale do Silício e percebemos que a internet das coisas era um hype”, conta o CEO, Antonio Carlos Rossini Jr. A partir daí, desenvolveram um sistema que monitora ambientes de armazenamento para diminuir os riscos de perder alimentos – ou remédios – por falhas nos refrigeradores.

Nanovetores

Cosméticos perdem utilidade ao longo do tempo. Uma solução é armazená-los em nanocápsulas, que os liberam em pequenas quantidades. A Nanovetores, de Florianópolis, aplicou a técnica à roupa que repele insetos e já a exporta para 24 países. “Sofremos preconceito, pois as pessoas não pensam no Brasil como um exportador de tecnologia”, diz a fundadora, Betina Giehl.

Arquivado em:ECONOMIA, TECNOLOGIA

Fonte: Exame

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