Uber pode começar a operar em Belém

Não há informação oficial, mas é grande a expectativa, nas redes sociais, de que nesta quinta-feira (9), a partir das 14h, ocorra o início das operações, em Belém, do Uber, aplicativo de transporte privado. Ainda de acordo com as informações nas redes, a implantação será uma fase de teste, o pagamento só poderá ser feito via cartão de crédito e os únicos que poderão usar o aplicativo seriam os usuário dos sistemas Android e IOS. O serviço é alvo de protestos em várias cidades do Brasil desde o seu surgimento.

De acordo com o Uber, até o momento, aproximadamente 9 milhões de pessoas, em 40 cidades brasileiras, utilizam o aplicativo. Em todo o Brasil, ele já possui cerca de 50 mil parceiros exercendo a atividade de transporte individual privado.

Nas páginas sociais do aplicativo, não há nenhuma informação pública que garanta o início das operações do Uber em Belém, no entanto, existe a chamada para que motoristas se cadastrem. Veja:

Em meio à euforia da chegada do aplicativo à capital paraense, as opiniões e questionamentos se dividem entre a centenas de comentários e compartilhamentos no Facebook:

Até mesmo os custos operacionais, como a gasolina, foram questionados pelos internautas e o Uber respondeu. Leia:

CATEGORIAS

Cinco são as categorias aceitas pela plataforma. Sendo elas a Uber Black, Uber x, Uber bike, Uber Bag e Uber Pool. Para poder rodar, a empresa exige do motorista parceiro, carros com quatro portas e ar-condicionado.

POLÊMICAS

Desde a sua chegada no Brasil, em 2014, o Uber é alvo de protestos, sobretudo, por parte de taxistas que consideram o aplicativo ilegal e que gera concorrência desleal, pois o custo das corridas é mais baixo. Em novembro passado, taxistas da Região Metropolitana de Belém manifestaram contra a atuação de motoristas credenciados ao o Yet Go e o Uber.

Em entrevista ao Diário do Pará, Leticia Mazon, gerente de comunicação da plataforma no Brasil defendeu o Uber como uma empresa de tecnologia na qual de um lado existe o motorista parceiro e do outro o usuário.

Mazon defende a legalidade do aplicativo, afirmando que a utilização do Uber é amparada pela lei federal 12.587/2012, intitulada Política Nacional de Mobilidade Urbana. Além disso, ela destaca que há uma ampla legislação a favor do aplicativo como a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que declarou a inconstitucionalidade da Lei 16.279/2015 que proibia o serviço realizado por meio de aplicativos. “A lei municipal pode ser criada para regulamentar, mas não proibir o serviço que é previsto na PNMU”, ressalta.

ILEGAL

O Sindicato dos Taxistas do Município de Belém no Estado do Pará (Stabepa), posiciona-se contra o uso de aplicativos como o Uber. O Presidente do sindicato, Alain Castro lembra que, em Belém, o serviço está proibido, uma vez que o prefeito Zenaldo Coutinho sancionou o projeto de lei nº 2074 que proíbe os aplicativos na capital que passa a vigorar no dia 6 do próximo mês.

“O município tem autonomia para legislar sobre o transporte. Temos licença da prefeitura. Se fosse assim, nenhum tipo de transporte estaria submisso ao município”, critica, ressaltando que o mercado para o setor já está inchado, uma vez que deveria haver 2.900 táxis rodando, mas em Belém somam 5.402.

Procurada pelo DOL, a prefeitura de Belém ainda não se manifestou sobre o início da operação.

(Com informações de Pryscila Soares/Diário do Pará)