No Norte, 77% das casas não têm acesso à internet

Pelo menos 77% dos domicílios da região Norte ainda não têm acesso à internet. No Nordeste são 69,1% de domicílios sem acesso à rede mundial de computadores. No Brasil, 40,8% dos domicílios possuem algum tipo de acesso à internet.

Os dados estão disponíveis na nova edição do Sistema de Indicadores de Percepção Social - Serviços de Telecomunicações (Sips), divulgados ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo foi realizado em 3.810 municípios do país.

Segundo o Sips, este acesso se concentra nas regiões Sudeste, onde 51,5% das casas têm internet, Sul, com a rede presente em 42,9% dos domicílios, e Centro-Oeste, onde 40,7% dos domicílios possuem acesso à internet.

O principal motivo para não ter acesso à internet ainda é a ausência de um computador em casa para 59,6% dos domicílios do Brasil. Não ter condições de pagar pelo acesso é a razão para 14,1%, enquanto não ter necessidade ou interesse representa 8,7% dos domicílios, e não saber usar é motivo para 4,3% dos entrevistados. No Brasil, 51,8% dos domicílios possuem computador em casa.

SERVIÇOS

O estudo afirma que os patamares de acesso aos serviços de telecomunicação melhoraram desde 2005. No entanto, de acordo com o estudo, as disparidades não diminuíram. Citando dados da Anatel, o Ipea afirma que esses desníveis entre regiões têm relação direta com o baixo nível de competição na oferta do serviço. O Sips mostra que os brasileiros de todas as regiões consideram a telefonia móvel – o celular – o pior serviço de telecomunicações.

Outra informação divulgada é que cerca de 70% dos domicílios do país preferem contratar serviços de telecomunicações separadamente, apesar de ficarem mais caros, do que os feitos de forma conjunta, nos chamados planos combo, que são agrupados em um mesmo contrato.

Segundo o estudo, o acesso à TV por assinatura é, entre os serviços de telecomunicações pesquisados, o mais bem avaliado e por meio do qual os planos combo vêm sendo conhecidos. Além disso, de acordo com o instituto, é crescente a proporção de domicílios sem telefonia fixa (45,6%), o que indica que o celular tem substituído as linhas fixas. Essa é a percepção de 59,4% dos entrevistados.

(Diário do Pará)