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POLÍCIA

Marcola, 'chefão' do PCC é transferido para presídio federal

O governo de São Paulo realizou, ontem de manhã, a transferência do chefe máximo do PCC, Marcos Camacho, o Marcola, para presídios federais (Brasília (DF), Porto Velho (RO) e Mossoró (RN). Além dele, foram transferidos em forte esquema de segurança outros

O governo de São Paulo realizou, ontem de manhã, a transferência do chefe máximo do PCC, Marcos Camacho, o Marcola, para presídios federais (Brasília (DF), Porto Velho (RO) e Mossoró (RN). Além dele, foram transferidos em forte esquema de segurança outros 21 membros da facção, parte também integrante da cúpula. O irmão de Marcola também está entre os transferidos. Em 2006, a transferência de presos do PCC para o presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau (a 611 km de SP) provocou uma onda de violência que deixou 564 mortos, dos quais 505 eram civis.

O governo federal autorizou a presença das Forças Armadas para fazer a segurança no entorno dos três presídios. A Garantia da Lei e da Ordem (GLO) decretada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), ontem, permite a proteção nos locais até o dia 27. Sete desses presos tiveram a transferência definida no ano passado por causa de envolvimento em crimes investigados na operação Echelon, entre eles ordem para ataques a agentes públicos e assassinatos de rivais.

Já Marcola teve sua transferência decidida por conta da descoberta em 2018 de um plano de fuga que utilizaria até um exército de mercenários para o resgate dele e de parte da cúpula da facção. A Justiça de São Paulo ficou ainda mais pressionada a determinar a transferência depois que, no final do ano, duas mulheres foram presas com suposta carta com ordem do chefão do PCC para matar o promotor Lincoln Gakiya, responsável pelo pedido de transferência, e que investiga há anos o crime organizado.

Integrantes do Ministério Público disseram à reportagem que aguardavam a transferência de Marcola em breve, mas acreditavam que isso só deveria ocorrer depois que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), deixasse o hospital na capital paulista.

CARTAS

Em dezembro, cartas interceptadas na saída do presídio mostraram que Marcola pedia a morte de um promotor caso fosse transferido. A transferência de Marcola provocou um racha nos meses do governo Márcio França (PSB) entre integrantes da cúpula que defendiam a transferência de Marcola e outros que temiam represália por parte dos criminosos se essa transferência fosse concretizada, a exemplo do que ocorreu em maio de 2006, quando forças de segurança foram atacadas em represália à transferência de 765 presos para Presidente Venceslau.

Mais de 300 ataques da facção a prédios públicos na época deixaram 59 agentes de segurança mortos em cinco dias. O saldo de mortes aumentaria nos dez dias que se seguiram, quando grupos de homens encapuzados saíram às ruas para vingar as mortes de policiais. Foram 505 civis mortos.

O principal a defender a permanência de Marcola e outros integrantes do PCC em São Paulo era o então secretário Mágino Alves Barbosa Filho, sob argumento de ter informações seguras de que esses ataques ocorreriam. Já o então secretário da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, e membros do Ministério Público, refutavam a descoberta de planos de ataques por parte dos criminosos e defendiam a transferência imediata.

Ao mesmo tempo que ocorre a transferência, a Polícia Militar realiza em todo o estado uma operação com 21.934 policiais, com 8.104 viaturas, 13 helicópteros em 3.362 pontos.
Segundo a Secretaria da Segurança, “as equipes estão em locais estratégicos, apontados pelo serviço de inteligência da PM, para sufocar possíveis ações de criminosos”.

QUEM SÃO OS 22 TRANSFERIDOS?

Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola;Lourinaldo Gomes Flor, o Lori;Pedro Luís da Silva, o Chacal;Alessandro Garcia de Jesus Rosa, o Pulft;Fernando Gonçalves dos Santos, o Colorido;Patric Velinton Salomão, o Forjado;Lucival de Jesus Feitosa, o Val do Bristol;Cláudio Barbará da Silva, o Barbará;Reginaldo do Nascimento, o Jatobá;Almir Rodrigues Ferreira, o Nenê de Simone;Rogério Araújo Taschini, o Taschini, ou Rogerinho;Daniel Vinicius Canônico, o Cego;Márcio Luciano Neve Soares, o Pezão;Alexandre Cardozo da Silva, o Bradok;Júlio Cesar Guedes de Moraes, o Julinho Carambola;Luís Eduardo Marcondes Machado de Barros, o Du da Bela Vista;Célio Marcelo da Silva, o Bin Laden;Cristiano Dias Gangi, o Crisão;José de Arimatéia Pereira Faria de Carvalho, o Pequeno;Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, o Marcolinha (irmão de Marcola);Reinaldo Teixeira dos Santos, o Funchal;Antônio José Muller Júnior, o Granada.

(Rogério Pagnan/Diário do Pará)

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