Mais de 200 armas e 3 mil cartuchos são furtados de empresa de segurança

Exatos 268 revólveres calibre 38 e 3.226 munições foram roubados de dentro da sede de uma empresa de vigilância no bairro do Coqueiro, em Ananindeua, na madrugada de ontem (1). O prédio está em situação de semi-abandono e há pelo menos duas suspeitas de como os assaltantes entraram no espaço. Uma equipe de peritos criminais esteve no local e fez um levantamento da situação.

A identificação dos suspeitos poderá ocorrer por meio das marcas de impressões digitais colhidas. Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil. Até o início da noite de ontem a Polícia Federal ainda não tinha sido acionada para atuar no caso. Ninguém foi preso até o momento.

Cada revólver custa R$ 3.200, segundo um representante da empresa de vigilância Vidicon. Somente de armas, o valor do roubo foi é R$ 857.600,00, porém o total de prejuízos ultrapassa 1 milhão de reais se levado em consideração o volume de munições levados pelos bandidos e os danos provocados no prédio do empreendimento.

Para a polícia, a preocupação também está voltada para o que serão feitas com estas armas e nas mãos de quem elas podem parar. Vale ressaltar, por exemplo, que no “mercado ilegal” o aluguel de revólveres e pistolas custa cerca de 300 reais por dia.

De acordo com a equipe de peritos criminais que estiveram no local, deverão ser apurados pelo menos duas formas nas quais os assaltantes tiveram acesso ao interior do prédio. Uma pode ter sido por um buraco que existe no muro lateral do terreno e que dava acesso a um antigo canteiro de obras de um condomínio.

A outra pode ter sido pelo próprio portão principal. “Existe a possibilidade dos suspeitos terem estacionado o carro colado no portão e um suspeito ter pulado e danificado o motor de trava elétrica, abrindo o portão de forma manual”, observou o perito Sandro Lemanski.

O perito destacou ainda que os suspeitos danificaram algumas câmeras de vigilância e ainda levaram o DVD-R onde o sistema grava as imagens. “Eles saíram pela frente, pelo portão principal. Há rastros e marcas do pneu do carro”, desfechou.

Alvo dos bandidos eram as armas, dizem policiais

Para os investigadores que estão no caso não há dúvidas de que o alvo dos assaltantes eram as armas e munições. Isto porque no prédio também havia uma série de equipamentos eletrônicos de segurança e nada foi levado pelos bandidos. Imagens feitas por policiais mostram que o interior da sede foi todo revirado pelos assaltantes.

De acordo com a polícia civil, a empresa Vidicon está em processo de falência e o prédio estava desativado há cerca de um a dois anos. Chamou a atenção o fato do empreendimento ainda manter no interior do prédio este arsenal de armas e seminovas.

Até o momento, nenhuma linha de investigação foi divulgada. Não foi esclarecido, por exemplo, se antigos funcionários estejam envolvidos na ação. Ao que tudo indica, os assaltantes tinham conhecimento da estrutura do prédio.

Um funcionário da empresa disse que eles tomaram conhecimento do acontecido porque o prédio contava com um sistema de alarme, que disparou enquanto os bandidos estavam cometendo o delito, contudo somente pela manhã é que foram até o local verificar o que tinha acontecido. O funcionário comentou que não podia dar mais informações e que o caso já estava nas mãos da polícia.

(Denilson D´Almeida/Diário do Pará)