Três jovens são executados no Guamá; 'lei do silêncio' impera na área

Um verdadeiro rastro de sangue foi deixado na Passagem Francisco Monteiro, no bairro do Guamá, no final da tarde de ontem (31). Três jovens com idades entre 19 a 22 anos foram assassinados a tiros por homens que estavam num carro prata. Uma das vítimas ainda chegou a ser socorrida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Terra Firme, mas não resistiu aos ferimentos.

O local do crime ficou cercado por moradores que, curiosos, acompanharam o trabalho da perícia criminal, porém nenhum deles queria prestar qualquer informação sobre o que viram e ouviram. Foi a total “lei do silêncio”. Uma equipe da Divisão de Homicídios esteve no local e deu início às investigações.

As vítimas foram identificadas como Luan Fernando Miranda Reis, 19; Silvio Thalles Cunha Sarmanho, 20; e Douglas Fagundes de Jesus, de 22 anos. Luan e Silvio morreram ainda no local. Douglas foi o único que chegou a ser socorrido e morreu na UPA da Terra Firme.

A Polícia Militar foi acionada, mas quando chegou ao local duas das vítimas já tinham falecido e a terceira tinha sido levada em estado gravíssimo para a UPA. De acordo com os policiais, os três rapazes conversavam na calçada, em frente a uma espécie de vila quando um carro prata se aproximou e de dentro dele desceram 3 homens encapuzados que alvejaram as vítimas.

Ninguém soube descrever algum detalhe do veículo, como modelo ou a placa, por exemplo. A reportagem tentou falar com os moradores, mas nenhum deles aceitou conversar com medo. Apenas murmuravam que as vítimas já poderiam ter sido ameaçadas de morte, uma vez que estariam envolvidas com a criminalidade. Esta mesma informação foi repassada aos policiais, mas a PM frisava que ainda precisava apurar estas falas.

O pai de uma das vítimas chegou ao local e reconheceu o corpo do filho. Ele deixou o local emocionado e não conversou com ninguém. Os corpos das vítimas foram removidos para o Instituto Médico Legal.

(Denilson D'almeida/Diário do Pará)