Edison Brittes, que confessou ter matado o jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas, no sábado (27), teria se passado por policial civil e extorquido vítimas na Região Metropolitana de Curitiba. A informação foi divulgada por um homem, que não teve a identidade revelada.
A testemunha informou que teve um carro, uma motocicleta, uma carreta, e R$ 3 mil levados após ser ameaçada pelo suspeito. As denúncias foram feitas ao jornal Tribuna.
Em entrevista, o homem afirmou que pediu a ajuda de um vizinho, porque tinha adquirido um veículo clonado e precisava resolver a situação. O morador teria mencionado que conhecia alguns policiais civis que poderiam ajudá-lo.
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No outro dia, três homens apareceram e afirmaram ser policiais. Um deles era Edson Brittes. A vítima foi ameaçada, caso negasse entregar dinheiro aos suspeitos. A testemunha afirmou que foi presa e teve que pagar fiança para ser liberada. Os homens também levaram o carro clonado, uma motocicleta, uma carreta e mais R$ 3 mil reais.
A vítima também contou que Brittes utilizava o nome de ‘Steve”, e enviava mensagens cobrando favores, ou produtos, sempre com ameaças. Após a denúncia, outras pessoas que foram extorquidas por Edson também se manifestaram e enviaram fotos de mensagens dos celulares.
POLÍCIA SE POSICIONA
O delegado Erick Guedes, da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) - apontada pela testemunha como a especializada em que os supostos policiais civis trabalhavam - afirmou que nunca viu Edison Brittes no local, apenas em interrogatório em um inquérito policial. "Teve a situação em que a equipe recebeu a informação do Edison, por meio de denúncia anônima, de que havia uma pessoa com um carro roubado”, explicou.
De acordo com Guedes, policiais da DFRV foram apurar o caso, registrado em outubro de 2017, e encontraram a pessoa – que relatou a situação ao Tribuna da Massa – denunciada por Edison. “Ela estava com o veículo roubado e foi presa. Foi arbitrado fiança, a pessoa pagou e foi solta", disse. O delegado, porém, afirmou que Edison não participou da operação policial em nenhum momento, sendo somente o responsável por realizar a denúncia. “O informante, que faz ad enuncia, não pode participar da operação policial. Se participou, isso será investigado administrativamente e o policiais serão punidos. No dia do flagrante, quem apresentou os presos na delegacia foi a equipe policial. O carro havia sido roubado no Rio Grande do Sul, era de uma empresa seguradora e foi restituído”.
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Os policiais civis envolvidos na situação já foram identificados e a denúncia será apurada, de acordo com o delegado. “Os policiais estão identificados, pois foram eles que efetuaram prisão e prestaram depoimento. Eles trabalham na delegacia e, se realmente houver indício, vai ser apurado e eles vão ser punidos. Ele [Edison] não tem trânsito livre na delegacia, nunca vi ele. Vale ressaltar que o Edison foi preso duas vezes por policiais, portando arma de fogo”, disse.
Allana e Daniel (Foto: Reprodução)
Cristina, Edison e Allana (Foto: Reprodução)
O delegado ressaltou, ainda, que quem tiver alguma suspeita sobre o veículo que adquiriu, deve procurar diretamente a delegacia. “Diga que tem suspeita de que o carro pode estar adulterado, que os policiais vão fazer vistoria. Quando a pessoa traz espontaneamente, ela não é autuada em flagrante. Não procurem terceiros, pois podem ser vítimas de golpe”, finalizou.
(Com informações do portal Massa News)
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