Pasteleiro é indiciado como suspeito de atear fogo em morador de rua

A Polícia Civil concluiu, nesta quinta-feira (1º), o inquérito instaurado para investigar a autoria da morte de Adimilson Gomes de Almeida, 36 anos, o homem em situação de rua que foi queimado vivo no último dia 24 de outubro, em Parauapebas, no sudeste paraense. A vítima faleceu dois dias após o crime no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência.

Realizada pela equipe da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Parauapebas com apoio do 23º Batalhão da Polícia Militar, a investigação identificou o suspeito responsável em atear fogo na vítima que foi queimada enquanto dormia debaixo de uma árvore, na avenida Cristo Rei, no bairro do Rio Verde, área urbana do município.

Segundo o delegado Felipe Oliveira, responsável pelo inquérito, o crime foi motivado por brigas anteriores entre o suspeito e a vítima.

O policial civil explica que a vítima das queimaduras trabalhou, no dia do crime, como flanelinha às proximidades da Praça do Cidadão. Na ocasião, conforme as investigações, ele teria agredido o suspeito com um golpe de barra de ferro durante uma discussão entre os dois.

"Diante disso, o suspeito passou o restante do dia à espreita do guardador de veículos até o momento em que ele fosse dormir na rua. Assim, aproveitou a oportunidade para lançar sobre o corpo da vítima um líquido inflamável e em seguida atear fogo na vítima", detalha o delegado.

Por meio de imagens de câmeras de imóveis situados nas imediações do local do crime e de depoimentos testemunhais coletados nas investigações, o delegado apurou que o autor do crime seria um pasteleiro autônomo da cidade, que vendia pastéis às proximidades do local em que a vítima vigiava os carros estacionados.

O suspeito, que não teve o nome divulgado, fugiu no mesmo dia do crime e até o momento permanece em local incerto.

Ainda, conforme o delegado, o suspeito está na condição de indiciado no inquérito policial por homicídio triplamente qualificado em face do motivo torpe, com uso de fogo dificultando chance de defesa à vítima. Ele está com a prisão preventiva solicitada pelo delegado ao Poder Judiciário ainda no aguardo de deferimento.

(Com informações da Polícia Civil)