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POLÍCIA

Assaltos: vida de taxista sob o signo do medo

Ele voltou aqui no ponto, mas ainda não voltou a trabalhar. Está visivelmente abalado e nervoso, sem condições psicológicas para dirigir. Esteve aqui apenas para conversar com os amigos”, relatou um taxista que trabalha no ponto ao lado do Mercado Municip

Ele voltou aqui no ponto, mas ainda não voltou a trabalhar. Está visivelmente abalado e nervoso, sem condições psicológicas para dirigir. Esteve aqui apenas para conversar com os amigos”, relatou um taxista que trabalha no ponto ao lado do Mercado Municipal de Ananindeua. A fala dele foi sobre o colega de trabalho, outro taxista, que na quinta-feira passada (dia 5) foi sequestrado (feito refém em assalto) e conseguiu se livrar da morte.

O trabalhador, que permanece com o nome não revelado por questões de segurança, foi uma das vítimas do grupo de assaltantes que foi preso na Delegacia de Marituba, na tarde de quinta-feira (5). Os criminosos foram até o referido ponto de táxi, passando-se por passageiros, e fecharam uma corrida.

Durante a viagem renderam o taxistas, amarraram-no e ainda o mantiveram em cárcere privado dentro uma casa no bairro do Aurá enquanto saíram pelas ruas da Região Metropolitana de Belém para assaltar usando o táxi.

O veículo foi abandonado em Benfica, no final da manhã daquele dia, e os suspeitos passaram para um Honda Civic e continuaram com os assaltos, desta vez, pela BR-316 até que foram flagrados pela Polícia Militar. Houve perseguição, os suspeitos entraram num condomínio e se espalharam. Dois deles foram capturados e um terceiro trocou tiros com a PM e acabou ferido. Um quarto suspeito fugiu e continua sendo procurado.

Elias de Oliveira Pimentel, de 28 anos, e Ruy Guilherme Barbosa Ferreira, de 26, continuam presos conforme determinou preventivamente a Justiça, em audiência de custódia, e vão responder por roubo qualificado. O suspeito que ficou ferido, é Jhemerson Souza Lima, 18 anos, que no dia do crime foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Marituba.

SEQUESTROS

O caso envolvendo este taxista do ponto ao lado do Mercado Municipal de Ananindeua não é o primeiro e provavelmente não será o último caso na Região Metropolitana de Belém. Numa rápida pesquisa na internet, na última sexta-feira (6), a reportagem encontrou diversas ocorrências sobre assaltos envolvendo sequestro de taxistas. Entre eles uma situação que aconteceu na noite do dia 8 para o dia 9 de fevereiro deste ano, quando um taxista – que estava em um ponto na BR-316 – pegou quatro passageiros (3 homens e uma mulher) que o renderam e anunciaram assalto.

O taxista foi levado até o conjunto Cordeiro de Farias, em Belém, onde por sorte conseguiu fazer sinal para uma viatura da Polícia Militar que compreendeu o que estava acontecendo. A negociação para liberar o trabalhador que estava na condição de refém durou alguns minutos.

Em apenas dois anos de profissão, taxista conta que já foi assaltado quatro vezes

Ainda no mês de fevereiro, mais precisamente no dia 24, outro taxista foi abordado por 2 assaltantes que se passaram por passageiros. A situação começou na Travessa São Pedro, no bairro de Batista Campos, e terminou numa rua do bairro do Guamá.

Não foi possível conseguir, até o fechamento desta edição dados referentes a assaltos e latrocínios cujas vítimas são trabalhadores de táxi. Mas em conversa com alguns deles, no ponto ao lado do Mercado Municipal de Ananindeua, os relatos e histórias são impressionantes e comprovam que estes trabalhadores saem de casa para uma jornada de trabalho e não sabem se irão conseguir voltar vivos.

O próprio taxista vítima dos assaltantes na última quinta-feira (5) já foi alvo de bandidos duas vezes, segundo os colegas dele relatam. Na primeira vez, chegou a ser ferido com uma faca pelo bandido. “A gente não sabe quem a gente transporta, quem entra no nossos carros. Bandido não tem cara, quando a gente suspeita consegue evitar, mas é difícil isso”, ressaltou um taxista, que está na praça há 27 anos, e pede para não ser identificado.

Ele próprio já ressaltou que várias reuniões já foram feitas entre o sindicato dos taxistas e Polícia Militar. Áreas de risco teriam sido apontadas. “A gente trabalha em conjunto, temos a PM como parceira, mas nem sempre temos a sorte de encontrar com viaturas nessas situações”, pontuou.

Um outro taxista, de 26 anos e que está há 2 atuando na praça, comentou que foi assaltado 4 vezes, em duas destas ocasiões ficou com a arma apontada para a cabeça. “Levaram a renda do dia, mas me deixaram com vida. Ganhei a chance de viver quatro vezes em que estive diante da morte”, frisou.

Durante o tempo em que a reportagem esteve no ponto, percebeu a circulação de viaturas pela área.

(Denilson D`almeida/Diário do Pará)

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