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POLÍCIA

Bairro do Guamá já teve 41 assassinatos em 2018

O bairro mais populoso de Belém, Guamá, com pouco mais de 102 mil habitantes, foi palco de, pelo menos, 41 homicídios do dia 1ºde janeiro até ontem (21). A maioria das vítimas está na faixa etária de 20 a 40 anos e, 10% das vítimas são mulheres. Ainda des

O bairro mais populoso de Belém, Guamá, com pouco mais de 102 mil habitantes, foi palco de, pelo menos, 41 homicídios do dia 1ºde janeiro até ontem (21). A maioria das vítimas está na faixa etária de 20 a 40 anos e, 10% das vítimas são mulheres. Ainda desse total de registros que o DIÁRIO teve acesso, somente um – ocorrido em janeiro - foi desvendado com autor preso. Em dois dos casos, as vítimas não foram identificadas. Com quase duas mortes por semana, quem mora nesse cenário vive assustado.

“Essa semana, um casal morreu aqui pertinho de mim. E já vi muitos assaltos aqui perto. A gente não pode se descuidar. Essa realidade de violência assusta. Fico preocupada com meus filhos, meus netos. Antes, eu tinha pavor, mas de tanto ver essas coisas, já não tenho tanto. Ainda assim, isso não é normal”, comenta Maria Soares, de 63 anos, moradora no bairro há 12 anos.

Quando ela cita que um casal morreu “perto dela”, se refere a um dos casos mais recentes que aconteceu na tarde da última terça-feira (19), quando Eliana Lopes, e Leonardo Andrade, ambos de 22 anos, foram assassinados dentro de casa, por volta das 14h30, na passagem Santa Rosa, naquele bairro. Na ocasião, dois homens de motocicleta, usando capacetes, invadiram a residência e executaram as vítimas. Até o momento, ninguém foi preso.

Outro caso recente aconteceu meia hora antes da morte do casal. Trata-se de Bruno Santos Melo, de 20 anos. Ele foi baleado na avenida Bernardo Sayão, por dois homens em uma motocicleta que, até o momento, o motivo não foi revelado. A vítima foi socorrida e levada até o Pronto-Socorro do Guamá, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na noite seguinte, dia 20.

Durante a apuração da reportagem, alguns moradores preferiram não dar entrevistas. Apesar de muitos crimes terem sido presenciados por essas pessoas, é comum algumas temerem por represálias.

“Já aconteceu de um morador contar para a polícia o rumo que o criminoso tomou depois de matar uma pessoa. No dia seguinte esse morador apareceu morto porque deu a informação. Então, muitas vezes as pessoas ficam com o receio de falar o que viram”, afirmou Ademir Júnior, de 42 anos, morador e comerciante no bairro.

(Michelle Daniel/Diário do Pará)

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