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POLÍCIA

Motoristas de aplicativo estão na mira dos assaltantes

Há exatamente uma semana, um motorista do aplicativo de mobilidade urbana foi assaltado no bairro do Marco, em Belém. Ele estava aguardando um amigo na avenida João Paulo II quando três homens o assaltaram. O crime levantou a preocupação sobre o risco de

Há exatamente uma semana, um motorista do aplicativo de mobilidade urbana foi assaltado no bairro do Marco, em Belém. Ele estava aguardando um amigo na avenida João Paulo II quando três homens o assaltaram. O crime levantou a preocupação sobre o risco de condutores de aplicativos.

Na ocasião, José Carlos de Aviz Moura, Márcio da Silva Nogueira e Patrick Xavier da Silva foram presos. O trio criminoso usava um simulacro para intimidar as vítimas, mas, desta vez, o esquema foi frustrado, porque um amigo da vítima, que também é motorista do aplicativo, percebeu a ação e rapidamente avisou a Polícia Militar, que fez o acompanhamento e conseguiu interceptar o carro na Travessa Mauriti, no bairro da Pedreira em Belém.

Mas outros casos não tiveram a mesma sorte. Em 3 de janeiro deste ano, uma motorista do aplicativo foi feita refém por assaltantes no distrito de Icoaraci, em Belém, no final da manhã. Na ocasião, após sequestrar a condutora em Icoaraci, os criminosos usaram o veículo e a motorista para realizar assaltos. O carro foi interceptado por viaturas da polícia que iniciaram uma perseguição e depois de intensa troca de tiros entre policiais e criminosos, os assaltantes fugiram, a refém foi liberada e o veículo recuperado.

Apesar de em ambos os casos não terem sido assaltos durante as corridas do aplicativo, motoristas revelam preocupação com a exposição da profissão. Um motorista, que preferiu não ser identificado para preservar sua segurança, contou ao DIÁRIO sobre os perigos de trabalhar com o software. “É como taxista ou qualquer outra profissão que atue nas ruas. A gente não sabe quem vai ser nosso cliente, né”, conta o condutor. Ele nunca passou por um assalto, mas fica atento para não se tornar vítima do crime. “O aplicativo permite que tenhamos às mãos informações dos passageiros e ainda a avaliação dele, isso nos deixa mais tranquilo. Mesmo assim, alguns motoristas deixam de ir a determinados locais que consideram muito soturnos ou deixam de ‘rodar’ pela madrugada. Eu prefiro sempre ligar antes para o cliente para me certificar que é um passageiro sério”, disse.

MEDO

Um condutor, que terá sua identidade preservada, de 24 anos, está trabalhando com o aplicativo há cerca de seis meses e no final de janeiro deste ano passou por um assalto depois de deixar uma passageira no destino solicitado, na travessa Humaitá, próximo ao canal da Inhaúma.

Empresa que controla a plataforma do aplicativo informou que vem trabalhando com ferramentas específicas para a realidade brasileira. (Foto: Mauro Ângelo/Diário do Pará)

“Como ela estava com compras, desci para ajudar a levar as sacolas para casa. Quando eu ia entrar no carro para ir embora, três criminosos armados me abordaram”, recorda. Na ocasião, os assaltantes mandaram o motorista entrar no carro e entraram também, no banco traseiro, e ordenaram que ele os conduzisse a uma casa na travessa Vileta.

Chegando lá, saltaram do veículo e falaram para que a vítima fosse embora e que não olhasse para trás. Roubaram o celular e R$ 50 que o motorista portava. Além desse caso, o condutor do aplicativo conta que já passou por uma tentativa de assalto no Canal da Mundurucus recentemente, quando três pessoas tentaram abordar seu carro pela noite, mas ele conseguiu acelerar e escapar.

“Redobrei o cuidado depois que fui assaltado. Um dos grandes problemas que temos é que não sabemos qual será o destino do passageiro. A empresa deveria dar um suporte maior”, afirma. Ele diz que, como medida de prevenção, evita ir para locais de área vermelha e procura analisar o passageiro antes que ele entre no carro.

EMRPESA GARANTE QUE NÃO É POSSÍVEL QUE DADOS FALSOS SEJAM CADASTRADOS

Em nota, a empresa do aplicativo informou que tem camadas de tecnologia que agregam segurança antes, durante e depois de cada viagem e diz que nenhuma viagem na plataforma é anônima e todas são registradas por GPS. Segundo a nota, isso permite, por exemplo, que em caso de incidentes nossa equipe especializada possa dar o suporte necessário, sabendo quem foi o motorista parceiro e o usuário, seus históricos e qual o trajeto que foi feito, sempre respeitando a legislação aplicável (em especial o Marco Civil da Internet). Além disso, a plataforma aponta que os motoristas parceiros contam com um número de telefone 0800 para registrar casos de emergência e solicitar apoio da organização depois que estiverem em segurança e tiverem contatado as autoridades competentes. Tanto os motoristas parceiros quanto os usuários são cobertos durante cada viagem por um seguro APP da para acidentes pessoais.

A nota também afirma que tem trabalhado em ferramentas específicas para a realidade brasileira. “Quanto à verificação dos usuários da plataforma, por exemplo, recentemente, lançamos uma ferramenta que exige dos usuários que fizerem o pagamento de suas viagens somente em dinheiro que insiram o seu CPF e data de nascimento antes de ter acesso ao aplicativo - dados que são conferidos com a base de dados do governo federal para confirmar a identidade do usuário”, diz na nota. Ou seja, não é possível cadastrar dados falsos.

(Alice Martins Morais/Diário do Pará)

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