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POLÍCIA

Assaltos em escola deixa professores e alunos com medo

A carta escrita a próprio punho foi a maneira que um professor da Escola Estadual Edgard Pinheiro Porto encontrou para denunciar anonimamente a onda de invasões e assaltos que professores, pais e alunos têm sofrido dentro e fora da unidade. O título do te

A carta escrita a próprio punho foi a maneira que um professor da Escola Estadual Edgard Pinheiro Porto encontrou para denunciar anonimamente a onda de invasões e assaltos que professores, pais e alunos têm sofrido dentro e fora da unidade. O título do texto “medo e insegurança” resume bem o sentimento que a comunidade escolar enfrenta atualmente. Para se ter ideia, no mês passado a escola foi invadida 3 vezes por gangues armadas e usuário de drogas. O grupo espalha o verdadeiro terror nas salas de aula, onde se apropriam de aparelhos de telefone celular, dinheiro, livros e até cadernos de estudantes. Um pedido de “SOS” foi escrito no final da carta, substituindo a assinatura.

A Escola Edgard Porto possui pouco mais de 500 alunos matriculados nos ensinos Fundamental e Médio. O colégio está localizado na Travessa 9 de janeiro, próximo a Bernardo Sayão, no bairro da Condor, em Belém. Uma área considerada “vermelha” devido ao forte tráfico de drogas e pelos constantes assaltos.

Já houve situações em que os professores se viram obrigados a suspender as aulas e mandar os alunos para casa, às pressas. Isto se deu mediante a ameaça de novas invasões de gangues. “Foram situações terríveis. Tivemos que chamar a polícia para garantir a nossa saída da escola porque eles (os bandidos) estavam assaltando os funcionários no portão do colégio”, lembrou um professor, que também teve a identidade preservada por questões de segurança.

“Antes os assaltos aconteciam do lado externo, fora da escola. Mas agora os bandidos já vêm aqui dentro roubar”, denuncia o pai de uma aluna, que tenta transferir a filha para outra escola.

A aluna, junto com os colegas de sala, relataram diversos assaltos. “A gente precisa andar em grupos, se estivermos sozinhos eles (os assaltantes) levam tudo o que temos”, contou.

(Foto: divulgção)

Segundo os alunos e professores as invasões na escola começaram no ano passado, mas desde novembro de 2017 passaram a acontecer com mais frequência.

No portão da Escola Edgard Porto, o vigilante de uma empresa terceirizada trabalha no controle de entrada e saída de pessoas. No entanto, o agente é constantemente ameaçado pelos suspeitos de invadir a escola. Por causa disso, o portão fica a maior parte do tempo trancado, porém, os muros baixos facilitam as invasões à unidade.

Documento será encaminhado à Seduc para cobrar providências

Ontem, o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), Maurilo Estumano, participou de uma reunião com os professores da Escola Estadual Edgard Pinheiro Porto. No encontro foi elaborado um documento que será encaminhado para a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para cobrar providências em relação a essa situação. A carta aberta que está sendo redigida será endereçada ao secretario adjunto de Logística Escolar da Seduc, Roberto Campos.

“Vamos solicitar a PM que mantenha uma base fixa na porta da escola. Temos um vigilante, mas ele não pode conter os bandidos”, disse Maurilo Estumano. “O que estamos vendo aqui são gangues invadido a escola e colocando em risco a comunidade escolar como um todo”, frisou.

A Seduc informou que a segurança na área da Escola Estadual Edgar Pinheiro Porto será reforçada por meio de trabalho em conjunto com a Polícia Militar. A secretaria também afirma que, ontem, se reuniu com a PM e a comunidade escolar para decidir as ações a serem adotadas para prevenir ações de violência no entorno da escola.

(Denilson D´almeida/Diário do Pará)

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