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POLÍCIA

Bandidos aplicam golpe do falso emprego

Golpistas têm se aproveitado do desemprego para enganar pessoas que buscam por uma colocação no mercado de trabalho. “São muitos os perfis de quem cai nesse golpe: pais que querem pagar o colégio do filho, jovens que querem pagar uma faculdade, ou quem pr

Golpistas têm se aproveitado do desemprego para enganar pessoas que buscam por uma colocação no mercado de trabalho. “São muitos os perfis de quem cai nesse golpe: pais que querem pagar o colégio do filho, jovens que querem pagar uma faculdade, ou quem procura uma maneira de comprar sua comida de cada dia”, afirma o delegado Neivaldo Silva, titular da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), para onde convergem as denúncias desse tipo de golpe.

As modalidades são variadas e vão desde a oferta de emprego de vigilante, curso para secretárias e recepcionistas com promessa de emprego ao final do curso até a promessa de uma vaga no serviço público. “Os golpistas têm uma lábia forte. Abordam as pessoas pelas ruas e até divulgam as ‘oportunidades’ em redes sociais, conseguindo arregimentar centenas de pessoas”.

O delegado conta que, certa vez, um golpista marcou uma reunião em um bar do bairro da Pedreira para receber os currículos para preencher supostas vagas de vigilantes que arrumaria numa empresa. Ao entregar o currículo, o aspirante à vaga tinha de pagar uma taxa de R$ 50. “Depois percebeu-se que tudo não passava de uma grande farsa. O golpista conseguiu fugir, mas depois o prendemos ainda de posse de vários currículos. Como imaginar que uma seleção para emprego seria feita num bar”, observa. Pela Lei, vagas em órgãos públicos são obtidas via concurso ou de forma temporária por nomeação pelo agente público.

COBRANÇA

Mas, há pessoas oferecendo vagas em órgãos de Estado e até federais. Tudo precedido da cobrança de uma taxa que, nesse caso, pode chegar a R$ 100 ou mais, dependendo do tipo da vaga ofertada. “Já houve casos de cobranças de taxa de até R$ 500”, cita Silva. Além de tudo, esse tipo de golpe gera um efeito cascata, uma vez que a vítima muitas vezes arregimenta amigos e familiares, que também caem na armação, fazendo com que o golpista ganhe ainda mais.

Neivaldo lembra que há cerca de 2 anos um analista de sistemas paulista foi preso em flagrante quando tentava convencer uma jovem a participar de um suposto treinamento oferecido para as vítimas se aperfeiçoarem e conseguirem entrar no mercado de trabalho. Segundo o delegado, ele utilizava o nome de uma empresa de tecnologia em sites da internet para anunciar cadastro de currículos em sites. Ao procurar informações sobre o anúncio, a pessoa precisava fornecer dados pessoais e era orientada a realizar treinamentos e palestras para se habilitar a determinado cargo.

Segundo as vítimas relataram ao delegado, a maioria mulheres, Marcos cobrava uma quantia e prometia emprego no final do treinamento que era realizado em Ananindeua. A “qualificação” custava quase R$ 60. Na época o golpe chegou a atingir cerca de 500 vítimas. “Depois de quatro meses após conseguir sua liberdade esse paulista voltou a agir dentro do mesmo esquema e foi preso novamente. Na primeira vez faturou cerca de R$ 10 mil e, da segunda, R$ 4 mil”.

"TODO CUIDADO É POUCO"

Outro caso relatado por Neivaldo Silva foi o de um aproveitador que arregimentava pessoas prometendo emprego nos Correios, órgão federal. O golpista pegou dinheiro dos candidatos e chegou inclusive a fornecer uniformes de carteiro a eles.

“Quando a pessoa foi se apresentar na unidade, todo paramentado para trabalhar, o responsável pelo setor se encarregou de trazê-lo para a realidade, revelando que tudo era um golpe. Já imaginou o constrangimento, a humilhação dessa pessoa?”. A única saída nesses casos, diz o delegado,é a prevenção.

“Dificilmente quem cai nesses golpes consegue recuperar o dinheiro que pagou. Todo cuidado é pouco”. Quem for preso por esse tipo de golpe responderá por estelionato (artigo 171 do Código de Processo Penal) com pena que varia de 1 a 5 anos de prisão. Caso a vítima tenha acima de 60 anos, a pena dobra.

(Luiz Flávio/Diário do Pará)

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