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POLÍCIA

Jovem assassinada 'escondia' relacionamento com detento, diz irmã

Em entrevista exclusiva ao DOL, Daniele dos Santos, irmã de Débora Cristina Silva dos Santos, de 25 anos, cujo corpo foi encontrado na noite da última segunda-feira (06), após desaparecer desde o último domingo (29), informou que Débora "escondia" o relac

Em entrevista exclusiva ao DOL, Daniele dos Santos, irmã de Débora Cristina Silva dos Santos, de 25 anos, cujo corpo foi encontrado na noite da última segunda-feira (06), após desaparecer desde o último domingo (29), informou que Débora "escondia" o relacionamento que possuía com um detento e não compartilhava muitas informações sobre sua vida íntima.

"Ninguém esperava uma coisa dessas, até porque não sabíamos o que estava acontecendo na vida dela, só percebíamos as mudanças", explicou. Ainda de acordo com Daniele, a família está muito abalada pela sequência de tragédias. "Primeiro foi o desaparecimento (da Débora) e, depois de dias, a confirmação da morte dela. Logo em seguida, a nossa avó morreu também", lamentou.

Meses atrás, a vítima deixou o marido e dois filhos pequenos (uma menina de 5 anos e um garoto de 6) depois que conheceu, no presídio, um homem conhecido como "Defax", que seria interno do Centro de Recuperação Penitenciária do Pará III (CRPP III), em Santa Izabel, ao ir com uma amiga visitar o companheiro desta.

"Depois que ela foi com esta amiga, a vida dela mudou. Ela deixou o conforto da casa e foi morar por determinação dele em um barraco às margens de um igarapé, sem luz elétrica e condições dignas, no bairro do Tenoné", contou a mãe Dinalva Santos.

CORPO SEGUE NO IML

O corpo de Débora segue no IML. A família ainda aguarda a liberação para os procedimentos fúnebres. Já o corpo da avó da vítima, Maria das Graças Silva do Santos, de 63 anos, já foi liberado e será velado na própria residência da família, no bairro da Cabanagem, em Belém.

Ela teve morte súbita em decorrência do forte abalo emocional ao receber a notícia da morte da neta. O corpo de Débora foi encontrado em um igapó na 5ª rua do Paracuri I, Distrito de Icoaraci, região metropolitana de Belém.

INVESTIGAÇÕES

As investigações sobre o caso prosseguem. Há a suspeita de que a morte da jovem teria sido ordenada por seu companheiro, um detento que está preso no Centro de Recuperação Penitenciário do Pará III (CRPP III), em Americano, Santa Isabel, Região Metropolitana de Belém. Um vídeo que mostra a jovem agonizando após ser baleada circula pelas redes sociais.

Segundo a Polícia Civil, o diretor da Delegacia de Homicídios de Icoaraci pretende ouvir pessoas da família ainda esta semana. Devido ao grande abalo emocional que a família está passando por conta das duas mortes, isto pode ser revisto.

Já a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe) informou que a Polícia Civil já investiga o caso e que aguarda a conclusão do inquérito. A Corregedoria da Susipe também já abriu uma sindicância administrativa para apurar o fato.

(DOL)

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