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POLÍCIA

Bandidos soltos e cidadãos 'presos' na Cidade Nova

Maior medo de moradores do bairro da Cidade Nova, em Ananindeua, é de serem assaltados enquanto transitam pelas ruas, segundo quem ali reside. Sair de casa se tornou cada vez mais difícil, devido aos riscos que isso implica. E o simples caminhar pela rua

Maior medo de moradores do bairro da Cidade Nova, em Ananindeua, é de serem assaltados enquanto transitam pelas ruas, segundo quem ali reside. Sair de casa se tornou cada vez mais difícil, devido aos riscos que isso implica. E o simples caminhar pela rua é cheio de preocupações e olhares atentos a quem quer que se aproxime. Circular de forma tranquila pela vizinhança já deixou de ser comum e, por consequência, os moradores se mudam ou ficam trancados em casa.

O medo é direcionado, sobretudo, à aproximação de desconhecidos em motocicletas, o que é justificável, visto que, segundo o chefe de operações da Seccional Urbana da Cidade Nova, investigador Carlos Moreira, o roubo com o uso de motocicletas é o crime mais frequente na região. Além deles, outra ocorrência comum é a invasão de residências. De acordo com o investigador, a maior parte dos delitos é cometida entre as 5h e 7h da manhã, dado que vai de encontro à crença popular de que o período mais perigoso do dia seria a parte da noite.

Moreira garante ainda que o motopatrulhamento de agentes policiais nesses horários mais inseguros tem sido mais intenso, mas que a corporação enfrenta dificuldades, principalmente, com a legislação branda, que facilitaria a soltura dos criminosos.

PRESOS EM CASA

A dona de casa Maria de Nazaré Ribeiro, 52, acha a rua em que mora, a travessa WE 79, no conjunto Cidade Nova 6, extremamente perigosa. “Eu nem gosto mais de sair de casa por causa disso. Todo dia tem um assalto, levam celular, bolsa, tudo. Principalmente de manhã cedo”, conta a senhora de dentro de sua casa gradeada. Sua vizinha, a professora Maria Tabosa, 60, também reclama das invasões residenciais que são frequentes na área. “Eles entram, levam o carro, celular, liquidificador, fazem a limpa. É um terror, agora agente tem que ficar trancando tudo, colocando grade em porta, janela. Somos nós que viramos os presos.”, denuncia.

Já Rosana Sodré, 38, que é atendente de uma panificadora da Cidade Nova, viveu momentos de tensão no começo de julho deste ano. Dois homens invadiram a padaria no começo da manhã, por volta das 7h, e roubaram R$ 100 do caixa assim como celulares e pertences dos que estavam presentes. “Eles fugiram correndo, mas um dos nossos funcionários foi atrás e conseguiu pegar um deles. Tinha uma viatura no caminho e os policiais deram apoio”, conta.

Infelizmente, os pertences estavam com o segundo assaltante, que conseguiu escapar, e por isso eles não foram recuperados. O preso, no entanto, foi identificado como foragido e foi reencaminhado para a penitenciária pela Polícia.

VÍTIMAS RECORREM A DEUS E NOSSA SENHORA DE NAZARÉ

Vanessa Malcher, 30, trabalha na mesma panificadora que Sodré, mas não presenciou o ocorrido. Mesmo assim, ela admite viver em constante estado de tensão. “Eu fico muito assustada, qualquer pessoa suspeita que entra, a gente já troca olhares e fica alerta”, relata. Para ela, a única proteção que realmente tem é Deus e Nossa Senhora de Nazaré, como indicam o terço e a imagem da santa que ela possui próximo ao caixa.

As duas, inclusive, já tiveram experiências passadas que aumentam ainda mais a sensação de insegurança. Sodré já foi seguida por dois homens suspeitos enquanto ia ao trabalho e só conseguiu escapar depois de pegar um mototaxi. E, em 2014, Malcher teve a casa invadida e foi feita de refém com o filho, na época com 5 anos, e o marido, enquanto os assaltantes levavam o carro, a televisão e vários outros objetos da residência. “Depois disso eu fui morar no Guamá, com a minha mãe, por um ano, por medo da insegurança daqui. Eu não gosto de morar na Cidade Nova, é muito soturno”, critica a atendente.

(Arthur Medeiros/Diário do Pará)

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