Vítima relata momentos de terror e pânico durante assalto a ônibus. Confira!

“Quando o ônibus parou os outros 6 bandidos que estavam em três motocicletas do lado de fora começaram a forçar a porta para entrar. O pânico se instalou. Percebemos que se eles entrassem no ônibus ia ser uma tragédia maior ainda”. O relato é do bombeiro militar Amilton Farias, um dos passageiros do assalto a ônibus na entrada da rodovia Alça Viária, no município de Marituba, Região Metropolitana de Belém, na noite da última terça-feira (26).

Amilton, que faz o trajeto Abaetetuba-Belém todos os dias, já que mora no município e estuda na capital paraense, revelou durante entrevista exclusiva ao DOL, momentos de terror e pânico vividos durante o assalto.

Muito mais que o psicológico abalado, os passageiros presenciaram a morte do motorista Elias Correia da Silva, de 52 anos, além do baleamento do passageiro Rolvani Barbosa Vanderlei, de 49 anos.

Segundo Amilton, um dia antes do assalto, a mesma mulher que participou do crime subiu no ônibus para estudar a situação e desceu no momento em que o veículo entrou na Alça Viária.

“Essa moça estava com o braço como se tivesse sido operada, com pinos. Essa mulher fez o mesmo trajeto um dia antes, acredito que para estudar a situação. Quando o ônibus entrou na Alça Viária, um comparsa pegou a arma da cintura dela e anunciou o assalto. Já a mulher foi para o lado do motorista, obrigando ele a parar o veículo”, relembra.

O passageiro conta que a situação fugiu de controle depois que a cobradora do ônibus, esposa do motorista, começou a levar coronhadas do suspeito.

“Acredito que tenha sido nesse momento em que o motorista parou o ônibus para ajudar a esposa e foi alvejado. Percebendo a confusão, um amigo nosso tentou reagir e foi para cima do bandido, sendo atingido também. Eles deram uns seis tiros dentro do ônibus”, conta Amilton.

Reveja momentos após o assalto:

Após ser baleado, o motorista não conseguiu mais conduzir o ônibus, segundo Amilton. Ele revela que além do casal que estava no interior do veículo, outros seis criminosos acompanhavam tudo do lado de fora e forçaram a porta para ajudar na fuga.

“Quando percebi que o ônibus ia ser invadido só pensei que ia acontecer uma tragédia ainda pior. O motorista e o meu amigo já estavam baleados. E os passageiros já não estavam mais decididos a serem assaltados. Ia haver um revide e poderia ser muito pior. O clima ficou tão aflorado que quem entrasse ali ia ser recebido de forma violenta e ia ter confronto”, relembra.