Jovem de 17 anos estava a caminho da escola, quando foi baleado pelas costas

O tiro foi covardemente dado pelas costas e a bala acertou a alça da mochila escolar, perfurando as costas de um adolescente de 17 anos. O jovem teve a vida interrompida a caminho da escola. O crime ocorreu por volta das 7h45 de ontem (13), na rua Espanha, a principal do Conjunto Jardim Europa, bairro do Coqueiro, em Ananindeua. A motivação para o homicídio: uma suposta briga em jogo de futebol. O estudante cursava o 1º ano da Escola Estadual Alcides Carneiro e ia para a aula quando foi assassinado com quatro tiros na rua Espanha, a principal do conjunto. De acordo com o delegado Maurício de Menezes, da Divisão de Homicídios (DH), o jovem estava na companhia de um amigo e uma outra pessoa andava próximo, quando dois homens em uma moto chegaram.

“Eles teriam dito “corre” para essas duas pessoas e apontaram para a vítima. Ele também correu e, possivelmente, levou um tiro nas costas. Ainda continuou correndo e logo caiu no chão, entre dois caminhões estacionados”, explicou o delegado. No chão, os homens desceram da motocicleta e dispararam mais três vezes na cabeça do adolescente.

O crime chocou moradores do conjunto, que disseram conhecê-lo desde criança. As aulas na escola onde o rapaz estudava foram suspensas quando a notícia se espalhou e, em um momento de dor, a comunidade escolar ficou consternada com o caso.

BANALIDADE

Segundo amigos de escola e de infância da vítima, que não serão identificados, o jovem já vinha relatando o medo de sair de casa. Tudo teria acontecido há cerca de quatro meses, após uma briga em um jogo de futebol, que sempre era praticado na quadra esportiva do conjunto. Segundo eles, três pessoas já foram assassinadas por conta da promessa covarde. “Teve uma briga e uns caras juraram todo o time de morte”, disse um vizinho.

“Ele já vinha falando pra gente que estava com medo de sair de casa, porque já tinham matado outros três do time. Desde então ninguém mais jogava bola”, falou o amigo. De acordo com o delegado, a motivação era desconhecida, já que a família não soube informar os detalhes.

“Perguntamos a família sobre a motivação, eles disseram desconhecer qualquer situação. É possível que o jovem ainda não tivesse contado aos pais ou ao irmão. Vamos apurar este caso”, disse Maurício de Menezes, ao saber sobre a suposta ligação entre os crimes relatados pelos adolescentes.

O DIÁRIO tentou ouvir a direção da escola sobre a perda do aluno, mas fomos informados pelo porteiro que a escola “não tem nada a declarar”.

(Emily Beckman/Diário do Pará)