Foragido é perseguido e assassinado a pauladas em Outeiro

Um foragido do Sistema Penal foi perseguido e morto a pauladas por um grupo de justiceiros na Ilha do Outeiro no final da tarde deste sábado (19). Motivos e identificações dos criminosos ainda é um mistério para a polícia novamente, mais uma vez prevaleceu a “lei do silêncio”.

O assassinato de Jairo Moura Lobo, de 30 anos, no final da tarde e início da noite deste sábado (19), foi na base de pauladas, após uma grande perseguição pelas ruas, becos e quintais do bairro Água Boa, no distrito de Outeiro, que terminou com a vítima encurralada na travessa João Amanajás.
Quando policiais militares da viatura 1023 do 10º Batalhão conseguiram chegar no local do crime, uma rua estreita de terra batida onde apenas se entra com veículo em marcha ré já encontraram o corpo da vítima coberto com um lençol e sem informações.

Jairo Moura Lobo com o rosto desfigurado pela violência, foi atingido por vários golpes de perna-manca cujo material ficou exposto próximo do corpo com manchas de sangue sendo alvo dos peritos criminais Virginia Paiva e Marco Antônio.

Muito abalados familiares da vítima acompanharam o trabalho pericial e conversaram com policiais civis da Divisão de Homicídios sem que houvesse avanço nos levantamentos quanto a possível motivação e a identificação de algum membro do bando que trucidou a vítima que era foragido do Sistema Penal.

“O que se sabe e que ele foi visto correndo pelas ruas aí de trás e chegou a pular vários muros sendo perseguidos por vários homens com pedações de pau e terçados na mão. Depois daqui de casa se ouviu gritos e palavrões” comentou um morador que pediu para ter a identidade preservada.

A perita criminal Virginia Paiva detalhou o cenário encontrado no local do crime e as poucas informações colhidas junto a testemunhas e familiares da vítima. “Ele foi morto neste local com base nas evidências encontradas. A vítima teve o corpo atingido com material contundente” informou a perita criminal Virginia Paiva do IML

O crime foi registrado em um lacônico boletim de ocorrência na delegacia de Polícia Civil do Outeiro no plantão do delegado Ronaldo Hélio que de pronto solicitou a remoção do corpo. Jairo Moura Lobo respondia por furto qualificado de dois celulares e duas bicicletas fato ocorrido em junho de 2016.

Ele foi denunciado na Justiça pelo crime e como não foi encontrado nos endereços fornecidos no processo estava na condição de foragido. A polícia agora vai investigar os motivos que levaram ao ataque mortal contra Jairo Moura Lobo.

(JR Avelar)