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POLÍCIA

Na capital paraense, as tardes de julho foram demais perigosas, com homicídios seguidos

O crime – independente do tipo que seja – não tem hora, nem local para acontecer. Na verdade, pode acontecer a qualquer hora do dia ou da noite e em qualquer lugar. Isso é fato. Num Estado como o Pará, onde a violência cresceu de forma descontrolada e dei

O crime – independente do tipo que seja – não tem hora, nem local para acontecer. Na verdade, pode acontecer a qualquer hora do dia ou da noite e em qualquer lugar. Isso é fato. Num Estado como o Pará, onde a violência cresceu de forma descontrolada e deixa a população com uma extrema sensação de insegurança, não há como se duvidar disto. No entanto, também é difícil não observar o registro de crimes segue uma sazonalidade – às vezes bastante peculiar, digamos assim. No geral, há sempre períodos do ano em que determinados tipos de crime apresentam maior incidência em determinados locais.

Também se observa que no caso de crimes relacionados a homicídios existe uma espécie de “comportamento estacionário”, no qual se verifica que tais ocorrências também vão ser registradas com maior incidência em determinados turnos, em certas épocas do ano. Neste mês de julho, por exemplo, principalmente ao longo desta semana que passou foi possível observar que a maioria dos casos de assassinatos aconteceu em horário vespertino (turno da tarde).

Antes do período das férias escolares, as maiores incidências de casos de homicídios aconteciam a noite, no horário entre 21h e 1h da madrugada. Vale ressaltar que esta observação não impede que os crimes também aconteçam em outros horários. Contudo, nos horários destacados nesta matéria indicam uma maior incidência.

Nesta última semana, quem acompanhou as edições do DIÁRIO pôde observar que, de fato, a maioria dos homicídios registrados na capital aconteceu no horário entre 12h e 18h – na última quinta-feira (27) foram 3 assassinatos neste horário (um no bairro do Guamá, outro no Bengui e um terceiro na Marambaia).

Não é somente os homicídios que apresentam este comportamento sazonal. Ao verificamos as edições do DIÁRIO, nos últimos 3 meses, também se verificou com os ‘assaltos com reféns’ também apresentam um comportamento peculiar no decorrer do tempo. Não é regra, mas percebe-se que estes casos, às vezes, custam a acontecer e quando acontecem é uma situação atrás da outra.

Na prática é como se bastasse ter um caso de assalto com refém para que nos dias seguintes este tipo de crime vire “modinha”, até que deixa de ser registrado por um bom período e volte acontecer novamente.

Em cidades mais policiadas, crimes acontecem mais de noite, diz sociólogo

Para os especialistas uma coisa é clara: os crimes, sejam eles quais tipos for, vão acontecer com mais frequência em horários e locais onde o Estado ou a rede de Segurança Pública apresenta falhas ou está ausente.

O sociólogo e advogado criminalista Henrique Sauma, por exemplo, destacou que neste período das férias escolares os crimes contra o patrimônio (roubos, assaltos e furtos) apresentaram um “comportamento” diferente em relação aos outros meses do ano. “É um período em que muitas pessoas buscam cidades do litoral e do interior e a criminalidade nestes lugares aumentam neste período do ano”, comentou.

“Vamos falar dos casos de homicídios motivados por tráfico de drogas, por exemplo: Incidem bem mais nas áreas periféricas”, frisou Sauma. “A sazonalidade destes crimes vai estar muito relacionada a quedas de vigilância. E essa queda de vigilância circunstancialmente vai estar ligada ao período de férias, de festas, quando há um deslocamento de equipes de segurança para outras cidades”, disse.

“Numa cidade muito mais vigiada, mais policiada, em tese você vai precisar do horário noturno ou da madrugada para cometer crimes”, comentou Sauma. “Se você percebe que durante o dia você não tem o policiamento necessário para garantir a segurança naquele local, o crime será cometido de dia mesmo por causa da fragilidade da segurança”, reiterou o especialista, que também destacou que os crimes de homicídio, na maioria dos casos, têm relação com
o tráfico de entorpecentes.

“A partir do momento em que a gente sai da periferia e vai para o centro da cidade vamos perceber que a maior incidência de crimes será outra, que é de crimes contra o patrimônio (roubos e furtos)”, analisou o sociólogo.

(Denilson D`almeida/Diário do Pará)

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