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POLÍCIA

Um policial militar e mais 4 homens foram presos acusados de assaltos a bancos

Um policial militar e mais 4 homens foram presos pela Polícia Civil, ontem, acusados de tentar assaltar uma agência do Banco do Brasil, no centro de Ananindeua. Eles vinham sendo investigados há vários meses e, inclusive, pelo menos 6 roubos a agências ba

Um policial militar e mais 4 homens foram presos pela Polícia Civil, ontem, acusados de tentar assaltar uma agência do Banco do Brasil, no centro de Ananindeua. Eles vinham sendo investigados há vários meses e, inclusive, pelo menos 6 roubos a agências bancárias e caixas eletrônicos - que aconteceram na Região Metropolitana de Belém - são atribuídos ao grupo. Com eles a polícia apreendeu uma arma e diversos aparelhos, equipamentos e ferramentas usadas para destruir e cortar os caixas eletrônicos.

Para as equipes de policiais civis da Delegacia de Repressão de Roubos a Bancos (DRRB), vinculada a Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), o mais surpreendente sobre o caso foi o fato de um oficial da PM ser integrante da quadrilha. De acordo com o delegado Tiago Belieny, o PM cumpria o papel de dar apoio, transporte ao bando e, em algumas situações, até fazer a “guarda” dos comparsas.

Além dele também foi preso o catarinense Jonathan Soares Laurindo, considerado um dos maiores especialistas brasileiros em arrombar e cortar caixas eletrônicos, segundo o delegado. Ele já foi preso em outros estados, como Tocantins e Paraná. Adelino Nascimento Sousa Amaral, Demisson Correia Lobato e Miguel Reinaldo Fernandes Paula também foram presos e, hoje, devem passar por audiência de custódia. Eles foram autuados em flagrante por associação criminosa, porte ilegal de armas e roubo qualificado.

Entre os acusados de assaltos a bancos está um policial militar, que fazia até a “guarda” para os comparsas, segundo o delegado Tiago Belieny, da Polícia Civil. Na foto, 4 dos 5 homens presos (Foto: Maycon Nunes)

A oficina de um dos acusados era considerada o “quartel” da quadrilha, onde eram guardados os equipamentos usados nos crimes, diz o delegado Tiago Belieny (Foto: Maycon Nunes)

Fuga fracassou após tentativa de assaltar um banco em Ananindeua

O delegado Tiago Belieny, da Polícia Civil, destacou que o quinteto foi preso enquanto tentava fugir do local do crime. A quadrilha tentou roubar uma agência bancária do Banco do Brasil, no centro de Ananindeua. Ao arrombarem a instituição financeira o alarme disparou e policiais militares chegaram logo ao local. O grupo fugiu em 2 carros – um deles, inclusive, já tinha sido usado durante um assalto em uma farmácia, também em Ananindeua.

A equipe da DRRB também foi acionada e saiu a procura dos suspeitos, até que um dos carros foi interceptado. No veículo estavam macacos hidráulicos, baterias, luvas e outros aparelhos usados para cortar metal (dos caixas eletrônicos). O restante do bando foi preso numa oficina de automóveis na Avenida Júlio César, no bairro da Sacramenta.

O dono da oficina é Miguel Reinaldo. O estabelecimento dele era considerado o “quartel” da quadrilha, pois era lá que eles guardavam os aparelhos e equipamentos usados nas ações criminosas. Lá também eles dividiam entre si os valores adquiridos durante os roubos.

Na delegacia todos os acusados, com exceção do policial militar, que não estava lá porque já tinha sido encaminhado para o presídio Anastácio das Neves, se recusaram a dar entrevistas. “A quadrilha já vinha sendo investigada desde o segundo bimestre (de 2017)”, disse o delegado Tiago Belieny.

“A participação do PM surpreendeu as investigações!”, declarou. “E o Jonathan já é o terceiro catarinense preso no Pará por envolvimento a roubo a bancos”, desfechou Belieny.

A reportagem solicitou um posicionamento à PM em relação a situação do subtenente Nelson Chagas. Mas, até o fechamento dessa edição, não tivemos resposta.

(Denilson D`almeida/Diário do Pará)

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