Sumiço de corpo de bebê: PC interroga funcionários do Hospital Gaspar Vianna

Representantes e funcionários da Fundação Hospital das Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV) devem prestar, na manhã desta quarta-feira (19), esclarecimentos sobre o caso do corpo de um recém-nascido que desapareceu do necrotério do hospital.

Segundo a delegada geral adjunta de Polícia Civil, Cristiane Pereira, em coletiva de imprensa, o que mais dificulta a investigação é o fato do hospital não possuir câmeras internas de vigilância, impossibilitando a identificação dos envolvidos.

O inquérito tem prazo de até 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias.

Perícia no hospital não aconteceu

O DOL entrou em contato, por telefone, com o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, que afirmou não ter recebido nenhuma solicitação de perícia até o momento, contrariando o que foi informado pela delegada geral adjunta.

O motivo é que o delegado Walter Rezende, da Seccional da Pedreira e responsável pelo caso, preferiu solicitar documentações, como laudos médicos e prontuários, assim como a documentação administrativa dos funcionários que estavam no hospital, para depois tomar outras providências.

Governo diverge sobre responsabilidade de inquérito

Em nota, a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) informou que, apesar do registro do Boletim de Ocorrência ter sido realizado na Seccional de São Brás, o caso foi encaminhado para a Seccional da Pedreira, que iniciou ao inquérito colhendo o depoimento da mãe do bebê.

Por outro lado, a Delegacia Geral de Polícia Civil avaliou que o caso deve ser reencaminhado para uma delegacia especializada e que iniciou o procedimento para transferência do caso para a Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data).

Diante dessa informação, o DOL entrou novamente em contato com a Polícia Civil, que afirmou, por telefone, que o caso está e continuará sendo investigado pela Seccional da Pedreira, e terá apenas o acompanhamento da Delegacia de Proteção à Criança, que faz parte da Data.

Relembre o caso

O caso ocorreu na última segunda-feira (17), quando um bebê de 23 dias faleceu, devido complicações no coração, e a família, que havia sido chamada para dar início à documentação de óbito, descobriu que o corpo não estava mais na FHCGV no momento que o veículo da funerária havia chegado para transportar o corpo até Aurora do Pará, onde mora a mãe e os familiares.

O desaparecimento do corpo do recém-nascido chocou e revoltou os familares, que tornaram o caso público na terça-feira (18), nas redes sociais.

(DOL)