PF investiga crimes entre agentes de segurança

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (27) a Operação Embusteiros, que investiga a posse e o porte ilegal de armas de fogo por integrantes por agentes de segurança de Benevides, Região Metropolitana de Belém, além do crime de falsidade documental.

Segundo a Polícia Federal, uma investigação apontou que a Guarda Municipal de Benevides não possui convênio com a Polícia Federal que autorize porte em serviço ou concurso público específio para o exercício da função. Entretanto, uma investigação no começo do ano identificou indícios de que guardas estavam portando armas de fogo de maneira irregular, além de utilizar documentos falsos para justificar o porte do armamento.

A Secretaria Municipal de Defesa Social, Transporte e Trânsito de Benevides, entretanto, afirma que algumas informações da PF estão equivocadas. "O processo que institui a Guarda Municipal de Benevides ainda não foi concluído, faltam algumas etapas. Benevides não possui Guarda Municipal. O que há são agentes de portaria, que cuidam da questão patrimonial, como postos de saúde, secretarias, praças e feiras", afirma o secretário Isnard Ferreira.

De acordo com o secretário, no fim do ano passado foi instituido um decreto proibindo o uso de qualquer arma de fogo ou arma branca pelos agentes de portaria do município, enquanto em serviço ou durante rondas. "Não é permitido. Antes, recebemos relatos sobre o uso de armas pelos agentes, mas desde o decreto não temos mais informações sobre isso", continuou o secretário. "A gente está a disposição da Polícia Federal ou de qualquer outro órgão para ajudar a esclarecer a situação".

Ao todo, cerca de 30 policiais cumprem seis mandados de busca e apreensão e quatro conduções coercitivas nos municípios de Benevides e Ananindeua. Os conduzidos deverão ser ouvidos em termo de declarações e os elementos colhidos irão auxiliar no aprofundamento das investigações e se há participação de outras pessoas.

(DOL com informações da Polícia Federal)