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POLÍCIA

Execução de PM impões lei do silêncio

Nem mesmo policiais militares (ou ex-policiais militares) escapam dos matadores que circulam no “carro prata”, presente em muitos dos homicídios registrados na Região Metropolitana de Belém, no últimos meses. Ontem, 2 ocupantes do veículo assassinaram com

Nem mesmo policiais militares (ou ex-policiais militares) escapam dos matadores que circulam no “carro prata”, presente em muitos dos homicídios registrados na Região Metropolitana de Belém, no últimos meses. Ontem, 2 ocupantes do veículo assassinaram com 12 tiros o ex-soldado da PM Nilton Pantoja da Silva, no Distrito Industrial, em Ananindeua. O que se seguiu a esse homicídio ficou marcado pela “lei do silêncio”, que, dessa vez, partiu dos órgãos de Segurança Pública do Estado: policiais civis e militares não forneceram informações sobre uma possível linha de investigação para elucidar este caso.

A execução de Nilton Pantoja, que foi afastado das atividades da corporação em 2015, aconteceu menos de 24 horas após a morte do cabo PM Rosivaldo Barbosa, executado com 5 tiros no bairro do Guamá. Isso sem ressaltar que, no decorrer da semana que passou, 2 outros policiais militares foram feridos por assaltantes, sendo que um deles foi o coronel Rosinaldo Conceição, titular da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe).

Por já não fazer parte do quadro funcional da PM, a morte de Nilson não altera os dados que apontam que 21 militares sofreram morte violenta este ano, no Pará, segundo os números da Associação dos Cabos e Soldados da PM e BM do Estado. No entanto, ele entrará para estatísticas ainda maiores e mais assustadoras que é a dos homicídios registrados no Pará.

INVESTIGAÇÕES

O Boletim de Ocorrência da morte do ex-policial Nilton Pantoja foi registrado na Unidade Integrada do Pro Paz (UIPP) do Distrito Industrial, por um familiar da vítima. A versão descrita no documento se assemelha a que foi relatada por populares que presenciaram a morte do ex-PM sem nada poderem fazer para ajudá-lo.

A vítima foi morta próximo da casa onde morava, na 2ª Rua Rural. O ex-policial saiu de casa para comprar açaí. Ele estava junto com um amigo em uma motocicleta, que o conduziu em carona até o estabelecimento. Ao chegar ao local, Nilson desceu e foi ao balcão, que fica na calçada, por sinal. O amigo ficou na moto esperando por ele.Neste intervalo em que a vítima chegou ao estabelecimento. Um carro, modelo Fiat Siena, de cor prata, se aproximou. Segundo consta no Boletim de Ocorrência, pelo menos 2 homens encapuzados estavam no carro prata – um motorista e um passageiro. Mas somente o passageiro teria descido já atirando contra a vítima. A arma usada seria uma pistola.

O motorista permaneceu no carro. Apavorado com aquela cena, o amigo do ex-policial fugiu correndo. Também consta no B.O. que a vítima não era uma pessoa querida na comunidade onde morava.

No local do crime, alguns moradores que não quiseram se identificar relataram que o atirador, na verdade, ainda teria chamado o ex-policial pelo nome. As marcas da violência podiam ser vistas por todo o espaço. Paredes com marcas de bala e o vidro do ponto de venda de açaí aos cacos, no chão.

Viaturas da Policia Militar estiveram no local do crime para garantir a ordem e o trabalho da perícia criminal, mas ninguém conversou com a imprensa. Equipes da Divisão de Homicídios – e da Divisão de Homicídios de Ananindeua – também estiveram no local, mas não deram entrevista.

A perícia informou que, dos 12 tiros disparados contra o ex-policial, 4 atingiram o rosto da vítima.O corpo de Nilton foi removido para o Instituto Médico Legal, onde será submetido a exame necroscópico.

(Denilson d'Almeida/Diário do Pará)

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