Especializada investigará estupro coletivo

Os familiares e a adolescente de 16 anos, vítima de estupro coletivo durante uma festa, no bairro do Aurá, em Ananindeua, prestaram depoimento na Delegacia Especializada de Atendimento a Criança e ao Adolescente (Deaca), no último sábado (3). O depoimento aconteceu 9 dias depois que o caso ocorreu e foi denunciado, no último dia 26 de maio. O conteúdo do depoimento permanece sob sigilo e, a partir de hoje (5), a Polícia Civil deverá intimar outras testemunhas e acusados para também prestarem depoimento. Até ontem (4), ninguémhavia sido preso.

“Agora as coisas estão sendo conduzidas com mais agilidade”, declarou uma familiar da jovem, que se sentiu mais aliviada com a transferência das investigações para uma delegacia especializada, o que era para ter ocorrido desde o início das investigações.

A adolescente também passou a receber assistência da Fundação Pro Paz que, somente este ano, atendeu 553 casos de violência sexual. Em 18,35% dos casos as vítimas tem idade menor ou igual a 17 anos.

SOCIAL

A adolescente de 16 anos estava em uma festa na qual todos os participantes seriam seus amigos, como disse em entrevista ao DIÁRIO. Ela estava em casa quando recebeu um telefonema do organizador da festa – e dono da casa onde o evento aconteceu – insistindo para que fosse à “social”.

Lá, a jovem foi embriagada – e desconfia-se que também foi drogada com outros tipos de substância – e abusada por até 8 homens. Um adolescente também teria participado do estupro.

A polícia ainda não localizou o organizador da festa, mas ele também deverá ser uma das pessoas intimadas a prestar depoimento. Quando as investigações estavam sendo feitas pela Delegacia do Aurá, o delegado Marcílio Diniz chegou a informar que o homem seria indiciado. Tanto a polícia quanto a família da vítima aguardam pelos resultados das perícias.

(Denilson D'Almeida/Diário do Pará)