Dupla aplicava golpes com uniforme de empresa

Na última quinta-feira (30), as Polícias Civil e Militar desarticularam um esquema criminoso que tinha por objetivo praticar a extorsão contra comerciantes e moradores do município de Pacajá, sudeste paraense.

Os suspeitos usavam uniformes de técnicos de manutenção de empreiteiras que prestam serviços de manutenção da rede de energia elétrica e foram presos em flagrante após exigir R$ 2 mil de um comerciante para supostamente sanar pendências com a concessionária Rede Celpa.

A dupla foi identificada como Charles Oliveira de Melo Junior e Antonio Laércio dos Santos, ex-funcionários de uma empresa terceirizada prestadora de serviços à concessionária.

O gerente de um hotel no município já havia caído no golpe no último dia 10 de março. Ele desconfiou dos suspeitos e telefonou ao fone 190, do Centro Integrado de Operações, que encaminhou uma guarnição da PM ao estabelecimento para efetuar as prisões.

Com os acusados, os policiais apreenderam cinco aparelhos medidores de consumo de energia de propriedade da concessionária e diversos talonários de Termos de Regularização e Termos de Ocorrência e Inspeção com o timbre da empresa, e ainda tinham ferramentas usadas por eletricistas e diversos lacres dos aparelhos medidores e usavam até um crachá de identificação em nome da empresa terceirizada. Após a lavratura do auto de prisão, os acusados negaram a extorsão.

Foto: Via WhatsApp

Mais vítimas

Enquanto o delegado iniciava a autuação dos presos em flagrante, um outro comerciante compareceu à Delegacia para acusar os golpista, afirmando que os dois haviam ido ao seu escritório, no centro urbano do município, e exigiram a quantia de R$ 500.

"Inicialmente, os dois exigiram a quantia de R$ 2 mil, mas como o comerciante alegou que não tinha essa quantia, os acusados pediram R$ 500 para não cortar a energia elétrica do comércio, sob alegação de irregularidades no local", explica o delegado Marco Mayer. Um dos presos, Antonio Laércio, ao ser apresentado na Delegacia, estava sem documentos, mas se identificou verbalmente com o nome de Antonio Laércio dos Santos Siqueira.

Ao fazer pesquisa junto ao Sistema de Identificação, o delegado apurou que os pais dele não apresentavam o nome Siqueira. O preso registrou uma ocorrência de perda de documento de identidade e, ao tirar a próxima via da carteira de identidade, ele incluiu ao sobrenome a palavra Siqueira. "Ele já conta com várias passagem pela Polícia, em municípios como Porto de Moz, Medicilândia, Senador José Porfírio, Altamira, enfim, vários municípios da região", detalha o delegado. Ambos são moradores em Altamira. O juiz da comarca de Pacajá foi comunicado do flagrante pelo delegado que solicitou a decretação da prisão preventiva dos acusados.

(Com informações da Polícia Civil)