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POLÍCIA

PMs flagrados em esquema de cursos são denunciados

Um grupo de nove policiais militares de Redenção, sul do Pará, foi denunciado por utilizarem as instalações do quartel onde estavam alocados para realização de um cursinho preparatório para o Enem e para concursos, além de atuarem como segurança de uma mi

Um grupo de nove policiais militares de Redenção, sul do Pará, foi denunciado por utilizarem as instalações do quartel onde estavam alocados para realização de um cursinho preparatório para o Enem e para concursos, além de atuarem como segurança de uma mineradora da região.

Os policiais, que atuam no 22º Batalhão da PM de Floresta do Araguaia e Redenção, serão investigados pela Justiça Militar. Os oficiais e praças envolvidos responderão de acordo com a conduta adotada em cada um dos dois episódios, por prevaricação, corrupção passiva e desobediência à ordem judicial, crimes previstos no Código Penal Militar (CPM).

As atividades paralelas exercidas pelos policiais militares prejudicaram à sociedade, pois deixaram a população desprotegida e houve um aumento do número de crimes na região, em virtude da corporação estar ocupada em atividades irregulares.

Cursinho nas instalações do Batalhão

Conforme denúncia anônima, acompanhada de um áudio, encaminhada ao Ministério Público no ano de 2015, o major Daniel Dias patrocinou um cursinho preparatório para o Enem e para concursos públicos utilizando as instalações do 22º BPM, local onde se concentram armas de grosso calibre, coletes balísticos, munições e viaturas da PM, sendo proibida a circulação de civis.

Toda a logística da polícia era utilizada para que as aulas fossem ministradas: salas, retroprojetores, notebook.

De acordo com os diálogos anexados à denúncia, também tinham conhecimento do ilícito, o Ten. Cel. Lúcio Clóvis Barbosa da Silva e o major Francisco Antônio Paiva Ribas, corregedor do CPRV e subcomandante, respectivamente.

Outro acusado de participar ativamente é o soldado Wendell Rodrigues Barros que juntamente com o civil Silvio Gonzaga Batista, realizava a cobrança das mensalidades e matrícula, que tinham valores de 90 e 10 reais, respectivamente.

"Quando inquirido nos autos o major Daniel reconheceu que gerenciava um cursinho utilizando as instalações físicas do quartel e o cidadão Sílvio Batista ratifica a existência do esquema", afirmou o promotor de Justiça Armando Brasil, autor da denúncia.

PM SE TORNA SEGURANÇA PARTICULAR DE MINERADORA

Além do funcionamento ilegal de cursinho no interior da instituição, o Ministério Público denunciou à Justiça a contratação de policiais do grupo tático de Redenção que estariam fazendo segurança particular para a Mineradora Reinarda em troca de pagamento da quantia de 25 mil reais, articulada pelo Cel. PMs Claudio Ricardo Lima Julio, pelo ten. cel. Lúcio Clóvis Barbosa da Silva; pelos major Francisco Antônio Paiva Ribas e Arthur Daniel Dias da Silva; os soldados Wendell Rodrigues Barros, Pétala Pereira de Souza e Samuel dos Santos Tavares e ainda o cabo PM George Silva dos Santos, todos em total desvio de função.

Uma denúncia anônima à Corregedoria de Polícia Civil relatou que policiais militares estavam com essa conduta.

Tudo teria se originado após um roubo de grandes proporções que ocorreu em outubro de 2010 na mineradora, em que dez homens armados com armas de vários calibres invadiram a empresa e levaram 60 kg de ouro, fazendo os funcionários reféns e fugindo para o município de Floresta do Araguaia.

Ficou comprovado nos autos que após esse episódio a empresa passou a pagar 25 mil reais para que os policiais militares garantissem a segurança de seu patrimônio.

Além disso, restou comprovado que a Reinarda bancava o abastecimento de veículos oficiais.

"Convém reforçar ainda que constam nos autos filmagens apreendidas pela corregedoria, de policiais militares armados fazendo segurança da área interna da mineradora", destaca Armando Brasil.
As penas previstas para os crimes cometidos variam de três meses a dois anos de detenção e de dois a oito anos de reclusão.

(DOL)

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