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POLÍCIA

Bombeiro baleado no Tapanã não resiste e morre

O silêncio no conjunto Bosque Araguaia, no bairro do Tapanã, durante a tarde de ontem (20), era típico de um lugar onde os moradores ainda estão assustados e com medo do crime que aconteceu no local. Na noite anterior, o bombeiro militar Márcio Júnior Alm

O silêncio no conjunto Bosque Araguaia, no bairro do Tapanã, durante a tarde de ontem (20), era típico de um lugar onde os moradores ainda estão assustados e com medo do crime que aconteceu no local. Na noite anterior, o bombeiro militar Márcio Júnior Almeida de Oliveira, 44, foi baleado próximo à área de lazer do residencial. A vítima chegou a ser socorrida e levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Icoaraci. De lá, foi transferida para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, onde faleceu, na madrugada de ontem. O velório do bombeiro, que estava na reserva, ocorreu na sede da Associação dos Moradores do Conjunto Catalina, no bairro do Mangueirão, em Belém.

O caso é investigado pela Divisão de Homicídios de Icoaraci que nos próximos dias deverá ouvir o depoimento dos familiares do cabo BM Júnior. Até o início da noite de ontem ninguém havia sido detido ou preso.

Um dos fatores que chama a atenção para o crime – além de se tratar de um atentado contra a vida de um agente de segurança – é o fato de que a situação aconteceu dentro de um conjunto residencial fechado. Isto ajuda a entender o porquê dos moradores terem medo de comentar sobre o assunto. O que mais se observava, ontem, é que estes moradores estavam trancados dentro de suas casas e com olhares de desconfiança para qualquer pessoa desconhecida que transitasse pelas ruas do conjunto.

Segundo alguns vizinhos do cabo Júnior, ele fazia trabalhos como mototaxista e na casa dele também funcionava um ponto de venda de açaí. Sem se identificar, alguns contaram que ele foi afastado de suas funções como bombeiros depois que caiu de uma árvore e bateu a cabeça. Isso já teria alguns anos que aconteceu.

Várias versões foram relatadas à Polícia. Uma delas seria de que no dia do crime o ponto de venda de açaí na casa do Márcio Júnior teria sido alvo de assalto e o ex-bombeiro reagiu atirando contra os assaltantes. Os suspeitos teriam retornado à noite para matar Márcio.

Outra hipótese que está sendo investigada é a de que a vítima teria se envolvido em uma briga com um presidiário que estaria cumprindo a pena em regime semiaberto. No conflito este suspeito teria disparado vários tiros contra a vítima. Todas essas informações estão sendo apuradas pela equipe da Divisão de Homicídios.

MAIORIA DE FOLGA

Com a morte do bombeiro sobe para 12 o número de agentes de Segurança Publica assassinados nesses primeiros 50 dias do ano. Desse total de homicídios, 8 são policiais militares, incluindo o bombeiro Márcio Oliveira. A maioria estava de folga quando foi morta.

“Até quando vai ser preciso a gente implorar para que os governos olhem mais para a situação da Segurança Pública?”, questionou o cabo Xavier, presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros Militar do Estado do Pará (ACSPMBMPA). Ele lamentou a morte de mais um colega militar, vítima da violência que cresce assustadoramente no Estado.

“A sociedade clama por segurança, mas o governo finge que não está acontecendo nada”, criticou Xavier. A Associação dos Cabos e Soldados informou que vai acompanhar as investigações sobre as mortes de militares e espera uma resposta por parte do governo.

A entidade tenta há algum tempo dialogar com o governo do Estado para tratar da segurança dos militares, mas, segundo Xavier, apenas o Comandante Geral da PM e o promotor de Justiça Militar Armando Brasil se reuniram com a associação esse ano.

(Denilson D'Almeida/Diário do Pará)

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