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POLÍCIA

Pará registra 409 mortes violentas em janeiro

Instalou-se, definitivamente, o caos na segurança pública do Pará. Não há mais como ignorar a humilhante situação em que se encontra submetida a população paraense. São crianças, jovens, adultos e idosos nas estatísticas macabras da criminalidade, numa ro

Instalou-se, definitivamente, o caos na segurança pública do Pará. Não há mais como ignorar a humilhante situação em que se encontra submetida a população paraense. São crianças, jovens, adultos e idosos nas estatísticas macabras da criminalidade, numa rotina de tragédias que atinge famílias inteiras e amigos pela perda ou ataques a entes queridos, vítimas de assassinatos, roubos e desprezos nos diversos cantos do Estado. Não bastassem os estratosféricos índices criminais de 2016, como já era previsto, dispararam os números de criminalidade no Pará em janeiro deste ano: foram 409 mortes violentas.

Com base nos dados do Sistema de Segurança Pública (SISP), que o DIÁRIO DO PARÁ teve acesso com exclusividade, ocorreram 359 homicídios, 24 latrocínios, 4 lesões corporais seguidas de morte e 22 mortes por intervenção policial, no total de 409 mortes violentas. Esse é mais um recorde na violência do Pará, com a média de 13 mortes violentas por dia este ano no Estado, uma a cada 90 minutos. Enquanto isso, a administração Simão Jatene, impotente, continua escondendo há dois anos as estatísticas da população, do Ministério Público, do Legislativo e do Poder Judiciário.

“CONSTRANGIDO”

Ontem, o vice-governador Zequinha Marinho, falando em nome do governador Simão Jatene, na primeira sessão da Assembleia Legislativa, reconheceu que o Estado “se sente constrangido” diante da incapacidade de solucionar as mortes da chacina que resultou na execução de 32 pessoas na Região Metropolitana de Belém (RMB), que hoje completa duas semanas. Sem ninguém preso, diga-se de passagem. Na mesma cerimônia, o secretário de Segurança Pública do Pará, Jeannot Jansen, quase lacônico, disse que “a população deve ter paciência”.

MAIS HOMICÍDIOS

Os homicídios também aumentaram na RMB em janeiro de 2017. Foram registrados 142 deles, sendo 91 em Belém, 36 em Ananindeua, 4 em Marituba, 9 em Benevides e 2 em Santa Bárbara do Pará. A RMB, no total do ano de 2016, registrou 1.404 homicídios dolosos, destes 877 somente na capital paraense.

Soldado Rafael Silva da Costa morreu em uma perseguição policial, no último dia 20, na Cabanagem, em Belém. (Foto: divulgação)


ESTADO É PALCO DE 13 CRIMES BRUTAIS POR DIA

Os números do Sistema de Segurança Pública (SISP) mostram que a política de segurança pública no Pará é, no mínimo, equivocada. A sociedade desconhece a verdadeira situação. Com a chacina dos dias 20 e 21 de janeiro deste ano, em Belém, iniciada após o assassinato, em uma troca de tiros, do policial militar Rafael Silva da Costa, 29, da Ronda Tática Metropolitana (Rotam), no bairro da Cabanagem, algumas entidades e autoridades protestaram pelo ocorrido, mas não ressaltaram praticamente nada acerca da violência diária no Estado e na RMB, com uma verdadeira avalanche de mortes nos finais de semana.

O problema, apesar de gravíssimo, como se observa nos números da violência no Pará, não está na chacina de 32 mortos na RMB em um final de semana, mas, sobretudo, na média de morte violenta de 13 pessoas por dia no Estado, cujas investigações são frágeis e quase nunca se descobre quem são os autores e mandantes. Por isso, mais da metade do total de ocorrências de assassinatos em todo o Pará ficam sem solução.


(Mauro Neto/Diário do Pará)

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