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POLÍCIA

Mãe expõe ex-companheiro por xenofobia e violência

O caso de uma mulher paraense vítima de xenofobia e violência psicológica praticada pelo ex-companheiro, que reside em São Paulo (SP), repercutiu nacionalmente através das redes sociais e chamou atenção - em especial as mulheres - devido ao discurso de ód

O caso de uma mulher paraense vítima de xenofobia e violência psicológica praticada pelo ex-companheiro, que reside em São Paulo (SP), repercutiu nacionalmente através das redes sociais e chamou atenção - em especial as mulheres - devido ao discurso de ódio e segregação racial e regional.

A jornalista Elva Vieira, 29, morou por um período na capital paulista, onde conviveu em união estável com o paulista Thiago Soares por aproximadamente um ano. Durante esta união, ambos tiveram uma filha.

Segundo Elva, a escolha do nome da filha teria sido o estopim para as agressões verbais contra ela e sua região de origem.

A mãe escolheu batizar a filha com o nome Elis, enquanto o pai não queria aceitar pelo motivo do nome possuir a letra "s" no final, o que gera pronúncia diferente entre paraenses - o famoso "chiado" - e paulistas.

Os dois, então, separaram-se e Elva deu entrada no pedido de pensão alimentícia para a pequena Elis.

Foi quando os ataques se intensificaram por parte do ex-companheiro, principalmente nas redes sociais.

Elva decidiu expor o caso e recebeu o apoio de várias pessoas, que se sentiram indignadas com a postura de Thiago.

DENÚNCIA

As publicações e os ataques de Thiago atingiram não apenas Elva, mas ao povo paraense. Diante da situação, advogados de um escritório paulista se ofereceram para cuidar do caso de Elva e sua filha.

De acordo com os advogados Jacob Graton e Paulo Tamer, nesta quinta-feira (27), serão enviados ofícios para a Organização das Nações Unidas (ONU), Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP) e Polícia Civil de São Paulo comunicando os crimes que Thiago cometeu.

Para a ONU, será pedido a instauração de investigação por crime de racismo e xenofobia.

Já a Polícia Civil de São Paulo será acionada para instaurar inquérito policial contra Thiago no exercício da Lei Maria da Penha, uma vez que o ex-companheiro tem perseguido e violentado psicologicamente a mãe de sua filha; enquanto ao MPE-SP será informado acerca da possível falsificação de documento público em processo judicial, um atentado contra Elis.

Leia um trecho da nota:

Thiago Soares, seus comentários sobre mães do norte atingem todo o sexo feminino, ferindo de morte garantias constitucionais e direitos humanos.

Xenofobia é crime e a internet não é campo para a disseminação do ódio e da discriminação. Sendo assim, na qualidade de advogado da Elva, comunico-lhe que ainda hoje ajuizarei notitia criminis pelos crimes por você cometidos junto ao Ministério Público do Estado de São Paulo e a Polícia Civil.

Neste exato momento encaminho cópia para a Organização das Nações Unidas como prova de que pessoas como você fomentam o crime contra a mulher. Notificaremos, também, a empresa na qual você trabalha para saber, se está mencionada empresa Insight Media admite pessoas com o seu perfil nos seus quadros de funcionários.

APOIO

Nas redes sociais, a jornalista recebeu dezenas de mensagens de apoio.

"Elva obrigada por ser essa mulher guerreira que luta pelos teus direitos e que não aceita humilhação em nome de nada. Chega de psicologia reversa, meritocracia barata e silêncio com dor. Grita, mana. Grita e conta comigo que gente nojenta tem que pagar e aprender a ficar caladinho", escreveu uma amiga.

"Que ser humano escroto! Toda força, Elva. Isso não pode ser deixado de lado. Força pra defender o seu direito como mulher e cidadã. Força para passar por cima desse machismo e dessa ignorância. Vai fundo!", disse outra amiga.

O DOL entrou em contato, por e-mail, com Thiago Soares sobre as denúncias contra Elva Vieira e às mães paraenses, e aguarda resposta.

(DOL)

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