Com golpe de chave de fenda homem é assassinado

Testemunhas disseram ao DIÁRIO que perceberam somente a agonia da vítima, com a mão do peito e dizendo que tinha sido furado, na tarde de ontem. “Ele andou uns 50 metros, desabou em frente a um bar aqui em São Brás e morreu”, informou o vendedor Antonio de Castro. Trabalhadores informais que se concentram nas paradas de ônibus no entorno do monumento em homenagem ao ex-governador Magalhães Barata disseram que a vítima, que não tinha documentos, seria um morador de rua dos muitos que vivem no local.

“Aqui eles vivem nessa praça dia e noite. Eles bebem se drogam, brigam e acabam até espantando clientes e passageiros de ônibus, que preferem andar para pegar transporte em frente ao Terminal Rodoviário”, disse um vendedor de bombons. A vítima teria se desentendido com um companheiro de bebida e acabou recebendo uma profunda furada de objeto contundente. Depois peritos criminais confirmaram ser uma chave de fenda.

Dezenas de curiosos de aglomeraram para acompanhar o trabalho da perícia criminal. O homem desconhecido portava uma bolsa com alguns pertences pessoais de limpeza e uma muda de roupa.

Segundo os peritos criminais e a equipe da Divisão de Homicídios que esteve no local, a vítima recebeu apenas um golpe profundo no peito e não sangrou, o que deve ter provocado uma hemorragia interna que culminou com a morte da vítima.

Uma senhora disse que o rapaz tinha chegado no local 3 dias atrás e andava perambulando com a bolsa. Outro frequentador do local disse que o rapaz seria um ex-presidiário que, ao sair da cadeia, não voltou para casa e passou a morar embaixo do monumento.

O capitão Mouro, da Polícia Militar, isolou o local até a chegada da perícia criminal. Os investigadores da Divisão de Homicídios devem pedir imagens das câmeras de segurança existentes nos arredores do local para tentar identificar o criminoso, que seria também morador de rua.

“Ele, quando viu que tinha furado o cara, saiu andando para os lados do Terminal Rodoviário, mas ninguém pensava que ele ia morrer porque não sangrava. Ele só dizia que tinha sido furado”, afirmou uma testemunha.

(JR Avelar)