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POLÍCIA

Professor é assassinado com facadas

O corpo do professor Roberto Carlos Luz Alves, 49, foi encontrado dentro da casa em que ele morava, no município de Augusto Corrêa, nordeste paraense, na tarde de ontem. Ele levou várias facadas no pescoço e um acusado de envolvimento no crime já foi pres

O corpo do professor Roberto Carlos Luz Alves, 49, foi encontrado dentro da casa em que ele morava, no município de Augusto Corrêa, nordeste paraense, na tarde de ontem. Ele levou várias facadas no pescoço e um acusado de envolvimento no crime já foi preso. O crime chocou a população da cidade. Vinícius Willy Pinheiro, 19 anos, confessou ter cometido o crime e logo foi transferido para Bragança, para evitar que fosse linchado pela população de Augusto Corrêa.

A ausência de Roberto no café da manhã de ontem foi o início de um grande vazio que marcará para sempre a vida de Maria do Socorro e Benedito Raimundo Alves, os pais do professor. O casal costumava receber diariamente o filho, que morava sozinho, para a primeira refeição do dia e também para o almoço. Maria e Benedito estranharam a falta de Roberto pela manhã. Após o filho não comparecer para o café, como de costume, a mãe dele pediu a um amigo que fosse ver se Roberto estava em casa.

O amigo encontrou a casa fechada e ouviu o ruído do ventilador, o que o levou a crer que Roberto ainda estava dormindo, impressão repassada à mãe da vítima, que não se conformou quando o filho não apareceu novamente para o almoço.

Estranhando a situação, Benedito foi até a casa do filho, já munido de instrumentos para arrombar a porta, caso fosse necessário. Chegando lá, logo Benedito notou marcas de sangue no pátio e providenciou a abertura forçada da porta. Ao entrar, o pai encontrou o corpo de Roberto no chão do quarto, para onde foi arrastado depois de morto, conforme demonstravam as marcas de sangue no piso branco.

Além dos golpes profundos no pescoço, na parte superior do tronco, o assassino o esfaqueou dezenas de vezes em vários pontos. Benedito procurou o delegado João, da Polícia Civil de Augusto Corrêa, que providenciou o isolamento e a vinda de técnicos do Instituto Médico Legal de Bragança, para remover o cadáver para necropsia, em Castanhal, de onde o corpo retornou somente na noite de ontem, para ser velado. O sepultamento será hoje pela manhã.

Na manhã de ontem, uma equipe da Polícia Civil de Augusto Corrêa foi até a residência de Vinícius Willy Pinheiro, 19 anos, frequentador assíduo da casa da vítima e indicado por amigos e familiares de Roberto como o principal suspeito de ter cometido o crime. Ao chegar à casa de Vinícius, os policiais falaram com a mãe dele, que informou sua breve passagem apenas para tomar um banho e trocar a roupa suja de sangue com a qual havia chegado da rua. Os policiais pegaram as roupas como prova do crime.

Em seguida, os pais de Vinícius conseguiram localizá-lo e o convenceram a se entregar à polícia. Foi o que ele fez. Após o depoimento, Vinícius foi transferido para a Delegacia de Polícia de Bragança, para evitar que fosse espancado por populares. Roberto era professor, paisagista e tinha muitos amigos em Augusto Corrêa, sendo uma figura conhecida e querida em toda a cidade. Ele era presidente da Associação Sempre Viva, que lutava pelos direitos da classe LGBT, causa pela qual ele militou por pelo menos 20 anos. Segundo o réu confesso, o desentendimento entre ele e a vítima foi causado por uma compra de drogas.

Vinícius teria saído para comprar uma porção de “noia” (maconha) e, quando voltou, trouxe uma quantidade aquém das expectativas de Roberto, que começou a reclamar, conforme a única versão existente sobre o crime. Depois das palavras acaloradas, começaram as agressões físicas, que culminaram com os golpes de faca, dando fim à vida do professor.

Vinícius contou ainda que o dinheiro para a compra da droga foi adquirido com a venda da bicicleta e do botijão de gás da vítima. Entretanto, os policiais, após constatarem que a mangueira do botijão fora cortada com faca, investigam a hipótese de os pertences terem sido furtados pelo assassino, após a morte, o quecaracteriza latrocínio.

USUÁRIO

Vinícius Willy Pinheiro é usuário de “nóia”, já tendo ficado internado por 2 períodos em centros de recuperação. À disposição da Justiça, Vinícius é mantido na Delegacia de Polícia Civil de Bragança, até que sejam concluídas as investigações.

(José Clemente Schwarzte/Diário do Pará)

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