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POLÍCIA

Família procura jovem desaparecido há quatro dias

Há 4 dias, a diarista Maristela Nascimento Silva, de 45 anos, vive a angústia do desaparecimento do seu filho, Michel Silva de Farias, de 19 anos, que sumiu em uma área de mata no município de Benevides, região metropolitana de Belém. O rapaz saiu de casa

Há 4 dias, a diarista Maristela Nascimento Silva, de 45 anos, vive a angústia do desaparecimento do seu filho, Michel Silva de Farias, de 19 anos, que sumiu em uma área de mata no município de Benevides, região metropolitana de Belém. O rapaz saiu de casa no último domingo (01) na companhia de um amigo para caçar pássaros, mas na saída da mata, ambos foram atacados a tiros por homens em um carro. Eles correram para o matagal na tentativa de escapar das balas, mas Michel ainda não retornou para casa.

Maristela falou ao DIÁRIO que o Michel, a esposa e um filho de quase 2 anos moram com ela no conjunto Júlia Seffer, em Ananindeua. Durante a tarde, recebeu uma ligação: era a esposa do amigo de Michel, avisando que ambos teriam sofrido uma tentativa de homicídio e que para se salvarem, correram para o mato. Mas Michel, que não conhece a área, continuava lá. “Ele está perdido e até agora eu não tenho notícias dele”, disse Maristela, aflita.

O amigo de Michel, que é uma das testemunhas, prestou depoimento na Delegacia de Benevides. Ele contou em entrevista ao DIÁRIO, por telefone, que ambos já estavam caminhando na estrada quando um carro de cor prata parou ao lado deles e efetuou vários disparos. “Nós estávamos em uma área livre, sem dono. Já estava escurecendo e viemos embora. Um veículo parou do nosso lado e começou a atirar. Era muito tiro. Eu fui para um lado e o Michel para o outro, no matagal”, contou o sobrevivente. Ele garantiu que ficou entocado em um buraco por quase 2 horas. “Eu só escutava vozes dizendo ‘bora matar eles, bora matar eles’”, relatou o rapaz.

A família de Michel conseguiu mobilizar voluntários, entre homens e mulheres, para fazer buscas dentro da mata. Segundo Maristela, o Corpo de Bombeiros esteve no local fazendo buscas. Já na terça-feira (03), ela disse que encontrou uma testemunha muito importante que afirmou ter visto Michel amarrado em um tronco de uma barraca, na tarde do dia anterior, por volta das 17h.

“Nas buscas nós encontramos um rapaz, ele é deficiente auditivo, mas fez todos os sinais. Mostrei uma foto do meu filho e ele ficou eufórico, por meio de sinais demonstrou que ele estava amarrado em um tronco e com a visão tapada. Ele mostrou também a posição que Michel estava amarrado. Aí ele nos levou até lá, mas meu filho já não estava”, falou Maristela. “Ainda perguntei ao rapaz por quê não tentou ajudar. E ele respondeu, mostrando os dedos, que no local havia 5 homens armados, contra ele, que era só um”, acrescentou um dos voluntário das buscas, que não se identificou.

No local havia um pedaço de corda pendurado, um facão sobre um banco e manchas, que a família acredita que seja vestígio de sangue. Eles retornaram à Delegacia de Benevides para acrescentar as informações às investigações, no entanto, nenhuma equipe policial foi deslocada no dia ou para colher o depoimento da testemunha.

Uma testemunha, deficiente auditiva, afirmou ter visto Michel amarrado. No local, foram encontrados um pedaço de corda e uma faca. (Foto: Daniel Costa/Diário do Pará)

PRESSÃO

Já na manhã de ontem (04), a família novamente foi à Delegacia de Benevides para pressionar a polícia a fazer as investigações. “A família inteira está aqui em Benevides procurando por ele na mata e queremos que as buscas sejam retomadas. Encontramos indícios no local que mostram que meu sobrinho pode estar vivo. Vim aqui cobrar que a polícia vá até o local e solicite perícia”, disse Pedro Paulo, tio de Michel. Somente no final da tarde que o chefe de operações, com quem Pedro conversou, solicitou por telefone, a perícia do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves e a presença do Corpo de Bombeiros, além da testemunha para depoimento.

Para, Maristela, a cada dia que passa, a dor aumenta. “Eu ainda não dormi e não comi. Preciso de remédios para me fazer dormir, mas logo acordo perguntando por ele. Estou pedindo a Deus pelo meu filho e agilidade da polícia”, finalizou, emocionada.

A assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros informou, por nota, que “as buscas ao jovem Michel Farias estão sendo realizadas por equipe composta de 7 bombeiros, 2 políciais militares e 2 servidores do IML. De acordo com as informações do padrasto, ele teria corrido para dentro da mata para fugir de tiros deflagrados de dentro de um veículo”.

Por sua vez, a assessoria de comunicação da Polícia Civil disse que o delegado a frente do caso, Silvio Garcia, diretor da Delegacia de Benevides, afirmou que “em momento algum a Polícia Civil deixou de prestar apoio para tentar localizar o rapaz desaparecido e que os procedimentos para realizar a busca foram feitos dentro do tempo hábil, como o acionamento do Corpo de Bombeiros, órgão qualificado para realizar esse tipo de busca em área de mata”

A nota diz ainda que o delegado também fez pedido de apoio ao Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, em caso de localização do rapaz.

A nota afirma também que as buscas realizadas pelos bombeiros “foram iniciadas em menos de 24 horas após o registro do boletim de ocorrência realizado na segunda-feira, na Delegacia do município, por familiares do rapaz” e que até o momento, “não há indícios para instauração de inquérito policial, uma vez que não há qualquer comprovação de que o rapaz tenha sido sequestrado ou se está morto. O delegado vai aguardar o encerramento das buscas pelo Corpo de Bombeiros para ter uma posição oficial sobre o caso”.

Sobre as supostas manchas de sangue encontrada no local, a nota diz que a informação foi apurada “mas nada até o momento está comprovado” Já sobre a testemunha a ser ouvida, a nota diz que os familiares ficaram de apresentar uma possível testemunha - um deficiente auditivo - mas até o momento essa testemunha não foi apresentada para prestar declarações.

(Emily Beckman/Diário do Pará)

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