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POLÍCIA

Paraense convive com a dura rotina de assaltos

Andar pela rua com o celular na mão se tornou um hábito muito frequente na sociedade contemporânea. O pior é que, para fazer isso, o cidadão nem sempre para em local adequado para atender a uma chamada telefônica ou responder a aplicativos de mensagens in

Andar pela rua com o celular na mão se tornou um hábito muito frequente na sociedade contemporânea. O pior é que, para fazer isso, o cidadão nem sempre para em local adequado para atender a uma chamada telefônica ou responder a aplicativos de mensagens instantâneas. Essa atitude é uma das falhas mais comuns de usuários que acabam sendo vítimas de furtos e roubos, segundo o tenente-coronel Renato Dumont, que comanda o 10º Batalhão da PM. Ele reforça que, além de evitar certas atitudes, o cidadão precisa colaborar com a Polícia Militar, através do registro do Boletim de Ocorrência (B.O.) e do contato pelos canais de comunicação policiais, 181 e 190.

Moradora do bairro do Jurunas, a manicure Geize Oliveira, 27 anos, revela que nunca foi assaltada na vida. Para se manter nesse seleto grupo de pessoas, ela já sai de casa preparada: sem acessórios ou roupas chamativas. “Não uso nem bolsa. No máximo, uma sacola de plástico. Antes de sair do trabalho já deixo separado o valor da passagem do ônibus no bolso”, relata. A característica principal dos crimes se baseia em dois gestos opostos: na distração das vítimas, de um lado e, do outro, na observação atenta de assaltantes que aproveitam a melhor oportunidade para cometerem crimes.

Apesar de dizer que nunca foi assaltado na rua, o técnico em segurança do trabalho, Alessandro Siqueira, 45, manuseava tranquilamente seu celular no meio da Praça do Relógio, em Belém. Ele admite que a atitude não é nem um pouco recomendada, mesmo garantindo que faz tudo sempre vigiando o movimento externo. “Fico atento para não ser pego, pois conheço as abordagens dos assaltantes”, justifica.

Muitas das vezes, as próprias pessoas se colocam em situações de perigo, segundo aponta Dumont. “Esquecer bolsas abertas e ainda para trás das costas é uma atitude totalmente arriscada para quem sobe no ônibus, por exemplo”.

Com a bolsa aberta em um dos braços, a merendeira Vera Lúcia Pereira, 51 anos, sabe que o gesto é arriscado. Ela que já foi tomada pelo susto e pelo terror de quem já foi vítima de assaltos, promete que a partir de agora, tomará mais cuidado com seus pertences. “Quando desci do ônibus, em Icoaraci, passei por outra rua que não era a principal. De repente, surgiram 2 homens de bicicleta, me mostraram uma faca. Tiraram o celular da bolsa e a jogaram no chão”, descreve.

A cada dia, 180 pessoas são assaltadas no Pará

O DIÁRIO teve acesso ao número de roubos registrados no estado até o mês de setembro deste ano, e os dados fornecidos pelo Sindicato dos Policiais Civis do Pará (Sindpol) são assustadores. Quase 50 mil pessoas foram roubadas em todo o Pará até o final do mês de setembro de 2015. Os números absolutos chegam a 49.226 casos. De acordo com a média de ocorrências de assaltos no estado é de 180 por dia. Por mês, 5.474 pessoas são assaltadas no Pará.

Esses números tratam apenas dos casos que foram registradas em alguma delegacia ou seccional. Há ainda um universo considerável de pessoas que, por não acreditar na recuperação dos produtos que foram roubados, não fazem o B.O.

Ou em outros casos, quando as ações ocorrem aos finais de semana na Grande Belém, encontram as delegacias de bairros fechadas, já que apenas as centrais de flagrantes estão aptas a receber as ocorrências. O tenente Dumont diz ainda que quando se trata de movimentação de dinheiro, o cuidado deve ser maior. “Tem gente que abre a carteira de dinheiro antes de entrar no ônibus e isso também dá margem a quem está observando. Outros fazem movimentação de grandes quantias de dinheiro sozinho e acabam sendo vítimas dos crimes conhecidos como saidinha bancária. Em outros casos, o cidadão passa em locais perigosos e desérticos. Tudo isso deve ser evitado”, aponta Dumont.

(Wal Sarges/Diário do Pará)

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