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POLÍCIA

"Preciso achar forças", diz mãe de PM assassinado

"Como isso dói". A sofrida expressão é de quem perdeu, há poucos dias, um filho. “Ele era filho, marido, irmão. Amado por todos que o conheciam”, lembra Diana de Almeida, 44 anos, mãe de Vitor Cézar de Almeida Pedroso, de 28 anos, assassinado no último do

"Como isso dói". A sofrida expressão é de quem perdeu, há poucos dias, um filho. “Ele era filho, marido, irmão. Amado por todos que o conheciam”, lembra Diana de Almeida, 44 anos, mãe de Vitor Cézar de Almeida Pedroso, de 28 anos, assassinado no último domingo, no bairro da Cremação. Durante a entrevista, ela recebe a notícia da morte do sogro, que estava em coma há alguns dias, no hospital. Ela não suporta a aflição e desabafa: “É difícil demais. Preciso encontrar forças em Deus para suportar tudo isso”.

PESADELOS

O soldado Pedroso, como era mais conhecido dentro da Ronda Tática Metropolitana (Rotam), integrava a Polícia miltar (PM) há 3 anos. Durante a semana que antecedeu a morte do policial, Diana teve pesadelos. Na noite do crime, o coração de mãe dizia que algo de ruim estava para acontecer. “Ele saiu do banho, me abraçou e brincou comigo. Me deu um abraço tão forte, como estivesse se despedindo. Segurei o braço dele, pedi para ele não sair”. Algum tempo depois, quando as viaturas chegaram à sua casa, Diana sabia que alguma coisa havia de errado. “Passaram aqui na rua e vi o amigo dele vindo na minha direção, desesperado. Eu já sabia que era alguma coisa com meu filho.”

Segundo ela, desde pequeno, o filho era responsável. Foi escoteiro, serviu ao Exército e trabalhou como vigilante. “Sempre lutou e conquistou o que queria.” Diana lembra que Pedroso estudou bastante e realizou um dos maiores sonhos de sua vida: ser policial. Entretanto, um único tiro, que acertou a virilha, interrompeu outros sonhos. Um deles era comprar a casa própria. “Ele estava muito feliz com a viagem que ia fazer na segunda–feira (26). Com o dinheiro das diárias, juntaria para comprar a casinha dele”, recorda a mãe.

Pedroso morava com a esposa e um filho, de apenas 1 ano, na passagem Santa Lúcia, na Cremação. Um dos pedidos que Diana fazia para Pedroso era que mudasse de endereço. "Eu não dormia enquanto ele não chegasse. Sentava na porta de casa e ficava orando pela proteção dele”, disse. Desde a morte do policial, no último domingo, Diana não consegue dormir. Um dos maiores consolos é o filho de Pedroso. “Agora ficou a sementinha. Meu neto é a cópia de Vitor. Ele é o meu consolo".

O pai da vítima reclama da ausência do Estado. Foto: Celso Rodrigues

Falta de assistência

A família do soldado Pedroso se sente desamparada pelo governo de Simão Jatene, pois até o momento, segundo Diana, a PM não deu nenhum tipo de assistência social. “Queria que as autoridades olhassem para os policiais. Quando um policial mata um bandido, ele é investigado e preso. Agora, quando um bandido mata um pai de família, passa poucos anos na cadeia.”

Segundo o pai de Pedroso, o advogado Ilson Correa Pedroso, 40 anos, o Estado não forneceu nem o auxílio funeral. Um dos amigos da polícia foi quem quitou o sepultamento. Até o momento, segundo Ilson, a PM não o ressarciu.

"A segurança pública está ‘indignada’ porque o sepultamento foi custeado por outras pessoas, e não pelo Estado".

(Michele Daniel/Diário do Pará)

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