No momento de crise nacional, onde o desemprego está em alta, um homem é acusado de se aproveitar de centenas de pessoas com promessa de oportunidade de emprego. O analista de sistemas Marcos Zanzoni, paulista de 28 anos, foi denunciado e preso em flagrante durante a manhã de ontem, por policiais civis, quando tentava convencer uma jovem a participar de um suposto treinamento que era oferecido para as vítimas se aperfeiçoarem e conseguirem entrar no mercado de trabalho.
O esquema funcionava da seguinte forma: Marcos utilizava o nome da empresa “Renovo Tecnológico” em sites da internet para anunciar cadastro de currículos em sites. Ao procurar informações sobre o anúncio, a pessoa precisava fornecer dados pessoais e era orientada realizar alguns treinamentos e palestras para se aperfeiçoar a determinado cargo.
Segundo as dezenas de vítimas, a maioria composta por mulheres, que compareceram ontem à tarde na Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), Marcos cobrava certa quantia e prometia emprego no final do processo de treinamento que era realizado em Associações Comunitárias, em Ananindeua. O treinamento custava aproximadamente R$ 60.
Além disso, as mulheres afirmam que eram assediadas pelo suspeito e chegaram a ser ameaçadas quando passaram a desconfiar do golpe. “A versão dele é insustentável. Ele chegou a dizer que as mulheres paraenses se vestem como lavadeiras e todo paraense é índio e burro. Ele já tem passagem na polícia por ‘Maria da Penha’ e agora foi autuado em flagrante por estelionato”, diz o delegado Neyvaldo Silva, diretor da Dioe.
Ainda de acordo com o delegado, o golpe estava sendo aplicado há pelo menos um ano em Belém, e chegou a atingir cerca de 500 vítimas. E no momento em que ele tentava convencer a jovem a participar do curso, em plena Praça Batista Campos, os policiais chegaram e o prenderam em flagrante.
Na casa de Marcos, no bairro do Jurunas, a polícia encontrou centenas de currículos e um computador que seria de uma das Associações. Tudo foi apreendido. A companheira dele, Ivanilda Gomes Carneiro, de 43 anos, supostamente cúmplice do esquema, não foi encontrada.
(Michele Daniel/Diário do Pará)
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