Geólogo é morto com uma facada

Para os três colegas de trabalho, era mais uma noite no município de Itaituba, localizado no sudoeste do Pará. Após a jornada de trabalho, saíram para jantar depois de um dia inteiro fazendo pesquisas em pedras preciosas. Ao pedirem a conta, em uma restaurante na rua Hugo de Mendonça, próximo a uma agência da Caixa Econômica Federal, o trio, que estava em Itaituba para fazer um curso de certificação de diamantes e fiscalização de uma mina, foram surpreendidos por três homens armados com facas. O crime foi na sexta-feira (28) e o geólogo Paulo Roberto Alves, de 55 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no meio da rua. Ele levou uma facada no abdômen.

Segundo a cunhada de uma das vítimas do atentado, que preferiu não se identificar por motivo de segurança, eles estariam na cidade desde domingo (23) para fazer um trabalho pelo Departamento de Nacional de Produção Mineral (DNPM), do Ministério de Minas e Energia.

A vítima fatal seria natural de Porto Alegre, Rio Grande do Sul e iria acompanhar os dois engenheiros de minas na pesquisa. Horas depois do assassinato, um dos três criminosos foi capturado em um prédio em construção, na travessa Victor Campos, às proximidades do local do crime. Um adolescente, que também estaria envolvido no assassinato, foi apreendido.

AUTUADO

Geovane Lisboa da Silva, 18 anos e o adolescente foram apresentados pelo sargento PM Carlos Araújo ao delegado Cleber Pascoal Silveira de Oliveira. Geovane foi autuado pelo crime de homicídio qualificado e o adolescente encaminhado ao órgão competente. “No cruzamento da rua Hugo de Mendonça com a travessa Victor Campos fomos informados que os suspeitos estavam escondidos em um prédio abandonado. Capturamos o Geovane e apreendemos ainda facão, que estava enrolando em uma camisa suja de sangue”, disse o sargento PM Carlos Araújo.

Geovane da Silva, em depoimento ao delegado Cleber Oliveira, confessou o crime. “Matamos para roubar o dinheiro dele”, informou o autor confesso do assassinato. “Eu estava na orla de Itaituba quando vi a vítima puxar uma ‘bolada’ de dinheiro da carteira. Nós seguimos ele e os colegas deles. Anunciamos o assalto, o homem reagiu e acabou morto”.

(J.R Avelar e Roberta Paraense/Diário do Pará)