Quadrilha invade casa e leva R$ 150 mil em joias

O crime pode ser comparado com cena de filme, onde tudo foi detalhadamente planejado: o carteiro chega, aperta a campainha, a empregada da casa abre o portão e é quando ele aproveita para entrar. Sem imaginar que tudo não passava de um plano, o falso carteiro saca a arma, anuncia o assalto e chama quatro comparsas. Eles vão direto para o quarto dos donos do casarão. O alvo era o cofre. Tudo acontece em apenas cinco minutos. Em seguida, os cinco ladrões saem arrastando o cofre que parecia estar bastante pesado. A porta do carro do lado de fora já estava aberta. Todos fogem. Agora, a polícia conta com a ajuda da população para encontrar os criminosos que levaram aproximadamente R$ 150 mil em joias que estavam dentro do cofre.

Toda ação criminosa que não durou mais de cinco minutos, foi registrada por câmeras de segurança espalhadas pela residência, localizada no bairro do Tenoné, em Belém. O caso foi registrado na Divisão de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) pelo proprietário da casa, Wandinelson Fernandes, varejista no ramo de joias há 20 anos. Segundo ele, o assalto aconteceu no dia 28 de julho, por volta das 11h30. No momento do assalto, havia somente a empregada doméstica que foi rendida pela quadrilha.

Nas imagens já repassadas à polícia, os cinco homens usam bonés, por isso, não é possível visualizar nitidamente os rostos de todos. Mas de acordo com o diretor da Divisão, delegado Ricardo Rosário, apesar de cinco homens terem entrado na casa, ele acredita que mais outras duas pessoas possam estar envolvidas no crime.

“Eles foram direto para o quarto, sabiam que lá estava o cofre. Alguém repassou à eles informações privilegiadas. Funcionários e familiares estão descartados”, afirma Rosário. Para ele, a ajuda da população prestando informações através do disque-denúncia,181, serão fundamentais para localizar os ladrões. O veículo que os bandidos utilizaram no assalto, possivelmente seria um Siena preto.

De acordo com o proprietário da casa, essa teria sido a quarta vez que a residência é alvo de bandidos justamente devido o conhecimento que muitas pessoas possuem sobre o ramo de trabalho do varejista. “Não dá mais pra continuar. Vou abandonar isso”, lamenta.

O delegado Ricardo afirma ainda que esse tipo de crime, onde bandidos se disfarçam como carteiros e agentes de saúde, se tornaram comuns, pois é uma das formas que associações criminosas utilizam para ter acesso às residências. “É preciso ter cautela quando for abrir a porta de casa. Se possível, verificar a movimentação do lado de fora, instalar câmeras de segurança para tentar inibir essas ações e o ideal é não guardar objetos de valor em casa”, alerta.

(Diário do Pará)